O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido pelas Nações Unidas com o intuito de oferecer uma medida mais abrangente para comparar o desenvolvimento de um país ao invés de parâmetros econômicos, como o PIB ou PIB per capita.
O IDH analisa padrões gerais de saúde, educação e vida para medir o desempenho individual dos países ao redor do mundo. É um esforço para tentar compará-los.
No site Global Data Lab você consegue visualizar o IDH por país e de qualquer sub-região (estado ou província) de cada um. Por exemplo, é possível ver o IDH dos estados brasileiros para vários anos, assim como da França, dos Estados Unidos, do Japão ou da África do Sul. Trata-se de um mapa interativo.
De maneira geral, podemos entender:
a) Tons de vermelho como IDH muito baixo e baixo;
b) Tons de laranja e amarelo como IDH médio;
c) Tons de verde claro e verde escuro como IDH alto;
d) Tons de azul escuro e muito escuro como IDH muito alto;
As regiões foram divididas em 20 zonas de desenvolvimento humano. Abaixo eu selecionei algumas regiões que chamam atenção para o grande desnível de desenvolvimento humano.
Figura 1. IDH Oriente Médio e Chifre da África (2019)
O contraste nessa parte do globo é uma das mais extremas. De um lado temos países da península arábica (Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Omã) com IDH muito elevado ou elevado; e do outro, países com IDH muito baixo e baixo como Iêmen, Somália, Sudão, Etiópia, Sudão do Sul, Eritréia, Afeganistão, Paquistão muitos outros. No continente africano ainda predominam regiões de baixo e muito baixo IDH, com exceção dos países do Norte e de algumas regiões da África do Sul.
Figura 2. IDH Europa (2019)
Na Europa há quase homogeneidade. Contudo, os mais altos índices de desenvolvimento humano estão em países escandinavos e no Norte, como Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Reino Unido, Suíça, Islândia, Irlanda, Suécia, Noruega e Finlândia.
Vários outros países têm índices altos também, com desigualdades menores entre suas regiões, como é o caso da França, Itália, Polônia, Rep. Tcheca etc. No entanto, níveis intermediários de desenvolvimento são vistos mais na Europa Oriental, como é o caso dos países dos balcãs, Ucrânia, Moldávia, Romênia e outros.
Figura 3. IDH Centro-Sul da América do Sul (2019)
A América do Sul é conhecida por suas enormes desigualdades. No Brasil e no Peru as diferenças são bem perceptíveis, ao comparar o Centro-Sul com o Norte e Nordeste no caso do primeiro, e, o litoral com o interior no segundo. Na Colômbia a diferença também é grande.
Em outros países a diferença é bem menor, como é o caso da Argentina, do Chile e do Uruguai, cujos padrões são os mais altos do continente. Nos outros países, o nível moderado de desenvolvimento humano é predominante, caso da Bolívia, do Paraguai, da Venezuela etc. Em algumas regiões, o IDH chega até ser baixo, caso dos países na porção Norte do continente (Guiana, Suriname e Venezuela).
Figura 4. IDH Oceania (2019)
Ao lembrar da Oceania, muitos recordam apenas da Austrália e da Nova Zelândia cujos índices de desenvolvimento humano são muito elevados, semelhantes a de outros países. Entretanto, há países com IDH baixo ou muito baixo, caso da Papua Nova Guiné, do Timor-Leste e de outras ilhas do Pacífico.
Figura 5. IDH América Central e Noroeste da América do Sul (2019)
A América Central é composta por vários países extremamente desiguais. A prova disso está no Caribe, onde Cuba e Bahamas têm padrões altos em comparação ao Haiti ou a Jamaica, por exemplo. IDHs baixos ou medianos são comuns em países como Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Belize e Honduras.
Uma das fronteiras mais desiguais no mundo é entre o Haiti e a República Dominicana. Até a porção Sul do México, região menos desenvolvida do país, é mais desenvolvida do que vários países citados anteriormente. Por outro lado, outros países da região em condições melhores são: Panamá e Costa Rica.
Figura 6. IDH América do Norte e parte da América Central (2019)
Nenhum comentário:
Postar um comentário