A Anamorfose é uma representação cartográfica que distorce a área geográfica de acordo com o valor do dado quantitativo. Ou seja, quanto maior o valor absoluto ou relativo de uma área, mais destaque ela terá.
Então, eu acessei o site do Censo Agropecuário de 2017 do IBGE e peguei os dados de produção de açaí e de maçã, para todos os estados do Brasil. Depois eu gerei duas anamorfoses no software QGIS, em formato GIF.
A primeira figura destaca a produção de açaí, em que o estado do Pará se destacou como o principal produtor, seguido pelo Amazonas, Amapá e Bahia. Só o Pará produziu 86,2% de toda produção nacional.
A segunda figura destaca a produção de maçã. Dessa vez, o estado de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul concentravam 48,6% e 47,2% da produção nacional, respectivamente.
Essa animação simples foi publicada no Linkedin e viralizou. Foram mais de 220 curtidas e alguns comentários. Esse tipo de representação é mais comum entre o público da geografia, mas com a popularização de ferramentas de visualização de dados, mais figuras como essas têm sido compartilhadas nas redes.
É importante dizer que o público-alvo precisa conhecer minimamente a estrutura espacial do local que será gerado uma anamorfose. As vezes nós colocamos um mapa tradicional da área para a pessoa conseguir reconhecer. Caso contrário, a figura pode gerar dúvida ou induzir a interpretações equivocadas.
Em publicações científicas, o uso desse tipo de figura não é muito comum. A vantagem da anamorfose está na valorização dos municípios, cidades ou países cuja área é pequena, quando valor do dado é alto. Isso faz com que esses locais apareçam maiores na figura por causa do valor.
E você? conhece essa representação? tem interesse em representar dessa forma os seus dados? quais aplicações você acredita que elas são viáveis? Deixe o seu comentário.