Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com
#Mato Grosso: Três décadas de mudanças ambientais
O estado do Mato Grosso está localizado na Região Centro-Oeste do Brasil. Faz fronteira com os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Pará, Amazonas e Rondônia, assim como a Bolívia (país vizinho).
Nas últimas décadas, a pecuária e a agricultura cresceram exponecialmente no seu território, convertendo ecossistemas naturais (florestas e vegetações não-florestais) em plantações de soja e pastagens. Hoje, o Mato Grosso é um dos principais exportadores de soja e de carne bovina do país.
Conforme a Figura 1, no ano de 1985, as áreas agropecuárias eram mais evidentes na porção oeste e sul do Mato Grosso. Esses usos do solo cobriam 11% do território mato-grossense, ao passo que as vegetações nativas se estendiam por quase 88% do espaço (MapBiomas, 2021).
Após 34 anos de intensas mudanças na cobertura da terra, no ano de 2019, a agropecuária já ocupava 35,7% do território (207% de crescimento), enquanto as vegetações nativas reduziram para 63% (MapBiomas, 2021). A expansão do uso do solo se deu sobretudo no noroeste, nordeste e sudeste do estado. Em outras regiões (central, sobretudo) também se intensificaram, especialmente ao redor das cidades, como a capital Cuiabá.
Figura 1. Mato Grosso - Uso e Cobertura da Terra (1985 e 2019)
No período, as terras destinadas à agropecuária cresceram quase 3 vezes. A Floresta e as Formações Naturais não Florestais reduziram cerca de 28% em 34 anos, cuja área passou de 79,2 milhões de hectares para 57,1 milhões de hectares (MapBiomas, 2021).
O grau de antropismo do Mato Grosso pode ser classificado como "baixo" com crescimento de 207% da agropecuária nas últimas décadas, caso seja adotado a seguinte escala: muito alto (>80% de áreas antropizadas); alto (entre 79% e 60%); moderado (entre 59% e 40%); baixo (entre 39% e 20%) e muito baixo (<20%).
É interessante destacar a baixa representativa das áreas urbanizadas em todo o estado. Em 1985, abrangiam menos de 0,10%. Já em 2019, se estendiam por apenas 0,21% do território (MapBiomas, 2021).
O trabalho acima também pode ser desenvolvido para qualquer estado ou município brasileiro. Para saber mais, entre em contato conosco e ajudaremos da melhor forma. Caso queira a figura acima sem as marcas d' água, entre em contato.
Fonte dos dados: MapBiomas.
Estamos condenados a virar um grande deserto
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFala Ricardo. É um risco constante. O Mato Grosso em particular já perdeu 35,8% de sua vegetação nativa, mas há estados brasileiros com perdas bem maiores como São Paulo e Paraná.
ResponderExcluir