Luiz Henrique Almeida Gusmão
Graduando em Licenciatura e Bacharelado em Geografia (UFPA)
Contato: (91) 98306-5306
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1. INTRODUÇÃO
A
partir dessa primeira postagem, será mostrada a situação das áreas
verdes nos bairros da Primeira Légua Patrimonial de Belém, com base em
imagens de satélite de 2010 do Google Earth. No primeiro, será
apresentada a situação dos bairros do Barreiro, Telégrafo e Sacramenta de acordo com a vetorização de áreas verdes nos bairros, como
praças, parques, jardins, estádios de futebol, arborização no centro de
vias, de complexos turísticos com áreas verdes, áreas de recreação com
áreas verdes, quintais de casas com áreas verdes significativas. O
propósito será uma amostra da situação aparente do bairro, com o intuito
de avaliar a qualidade de vida em geral dos residentes.
Palavras-chave: Áreas verdes. Prefeitura de Belém. Barreiro. Telégrafo. Sacramenta
Palavras-chave: Áreas verdes. Prefeitura de Belém. Barreiro. Telégrafo. Sacramenta
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Será
apresentado imagens de satélite do Google Earth do bairro do Barreiro, Telégrafo e Sacramenta com base na fundamentação teórica de
CAVALHEIRO (1992); DEL PICCHIA (1992); LIMA (1994) e MOREIRO (2007).
3. DESENVOLVIMENTO
Para
Geiser et al. (1975, p. 30) (apud CAVALHEIRO; DEL PICCHIA, 1992), as
áreas verdes são "[...] áreas com vegetação fazendo parte dos
equipamentos urbanos como parques, jardins, cemitários existentes, áreas
de "pequenos jardins", alamedas, bosques, praças de esportes,
"playgrounds", "plays-lots", "balneários", "camping" e margens de rios e
lagos"
Contrários a esta ideia, Moreiro et al (2007, p.20) entende que:
[...]
as áreas verdes engloba locais onde predominam a vegetação arbórea,
praças, jardins e parques, e sua distribuição deve servir a toda
população, sem privilegiar qualquer classe social e atingir as
necessidades com sua estrutura e formação, como idade, educação, nível
sócio-econômico.
Lima
et al (1994) considera que é necessário um esforço para que os termos
utilizados para a classificação da vegetação urbana sejam discutidos de
forma convergente. Para eles, espaço livre é um termo mais abrangente
que áreas verdes.
Nesse
sentido, admitimos como áreas verdes, locais como praças, parques e
jardins urbanos, complexos turísticos com vegetação arbórea
significativa, gramados de estádios, vias com vegetação arbórea
significativa no centro, no qual podem de alguma forma amenizar a
temperatura local, proporcionar sombreamento, recreação e lazer, de
forma a discutir a situação dos bairros da cidade.
Figura 1. Áreas verdes no bairro do Barreiro.
Fonte: Editado por GUSMÃO, L. H (2013)
A imagem acima revela pequenos fragmentos de áreas verdes no bairro do Barreiro, devido a existência de quintais com árvores ou gramados. Não há nenhuma praça ou espaço verde para os seus 24.446 habitantes (IBGE, 2012), resultando no deslocamento para praças do bairro da Sacramenta e para outros bairros mais verdes da cidade. É um bairro periférico e com altos índices de violência, onde a maioria de sua população é de baixa renda, no qual necessitam de espaços de recreação e lazer no bairro. Sua formação está ligada a ocupação do Canal São Joaquim na década de 70 e ao crescimento desordenado pela população de baixo poder aquisitivo.
Figura 2. Áreas verdes no bairro do Telégrafo
Fonte: Editado por GUSMÃO, L. H. (2012)
A imagem acima revela as áreas verdes no bairro do Telégrafo a partir do Google Earth, onde é possível vê razoáveis quantidades de verde, no entanto, a maioria desses espaços são fragmentos de áreas desmatadas, de pequenas praças sem manutenção ou canteiros centrais verdes. Nesse bairro de 42.785 habitantes (IBGE, 2012), não há nenhuma praça ou espaço verde significativo, apesar da Praça Cruzeiro ser há tempos atrás, um espaço verde razoável, mas hoje resta um espaço com areia no qual crianças de todas as idades brincam, sem brinquedos na praça ou gramado verde. Muitos espaços verdes foram sendo substituídos por moradias, prédios públicos e comerciais ao longo do tempo.
Figura 3. Áreas verdes no bairro da Sacramenta
Fonte: Editado por GUSMÃO, L. J. (2013)
A imagem acima revela as áreas verdes no bairro da Sacramenta a partir do Google Earth, onde é possível perceber a existência de três praças: João Dias Paes, próxima a uma universidade particular; a São Sebastião, em frente a uma igreja de mesmo nome e a Júlio César, próximo ao elevado Daniel Berg. Nesse bairro, as praças estão situadas em locais distantes uns dos outros, permitindo um acesso pelos moradores de diferentes partes, no qual é visível a espacialização desses espaços de forma descentralizada. A maioria das ruas possuem uma péssima arborização, devido a Prefeitura da cidade não se atenta para a manutenção das mesmas, refletindo em ruas mais quentes pela pavimentação asfáltica.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o Bairro do Barreiro e do Telégrafo são carentes em áreas verdes, no qual o crescimento desordenado contribuiu enormemente para a conversão das mesmas em áreas impermeabilizadas, viabilizando a malha urbana, principalmente na década de 70 e 80, suscitando na sensação térmica acima de 37 e 38 graus celsius nas ruas pela população. O bairro da Sacramenta, apesar de ser mais arborizado do que os dois primeiros, ainda está bem abaixo do recomendável de áreas verdes ideal, apesar da existência de três praças e algumas vias arborizado, no entanto muitas dessas áreas estão sem manutenção ou sem segurança policial, o que muitas vezes contribui para afastar os moradores. É necessário por parte da Prefeitura de Belém, uma ampliação das áreas verdes nesses bairros, uma vez que os espaços livres de lazer estão cada vez mais escassos. Clamo para a manutenção das praças na Sacramenta, na construção de uma praça no Barreiro e no Telégrafo, beneficiando cerca de 111.638 pessoas (AEB, 2010).
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