quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Mapas para Dissertações de Mestrado: benefícios




Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com



Mapas para Dissertações de Mestrado

O uso de mapas em dissertações de mestrado é de extrema importância, pois traz uma série de benefícios relacionados à interpretação de dados, visualização de informações, compreensão rápida pela banca examinadora e identificação de padrões espaciais nos fenômenos analisados.

Primeiramente, os mapas permitem uma interpretação mais clara e precisa dos dados apresentados. Ao representar informações geográficas em um mapa, é possível visualizar a distribuição espacial dos fenômenos estudados, facilitando a compreensão das relações entre eles. Isso é especialmente relevante em pesquisas que envolvem estudos ambientais e socioeconômicos, onde a localização geográfica desempenha um papel fundamental.

Além disso, os mapas proporcionam uma visualização mais atrativa e intuitiva dos dados. Ao invés de apresentar tabelas e gráficos complexos, os mapas permitem que a informação seja transmitida de forma mais acessível e compreensível. Isso torna a pesquisa mais interessante para a banca avaliadora e aumenta as chances de sucesso na defesa. Como exemplo, vamos ver dois exemplos de figuras/mapas abaixo. Quais ideias você consegue extrair por meio deles?






Outro benefício do uso de mapas é a possibilidade de uma compreensão rápida por parte da banca avaliadora. Ao apresentar informações geográficas em um mapa, é possível transmitir os resultados de forma concisa. Isso economiza tempo durante a apresentação oral da dissertação, permitindo que o pós-graduando se sinta mais confiante.

Além disso, os mapas possibilitam a identificação de padrões espaciais que podem passar despercebidos em outras formas de representação dos dados. Por meio da análise visual do mapa, é possível identificar agrupamentos, tendências e relações espaciais que podem fornecer insights importantes para a pesquisa. Esses padrões podem ser utilizados para embasar conclusões e recomendações de novas pesquisas.

Outro benefício do uso de mapas é a capacidade de integrar diferentes fontes de dados geográficos. Os mapas permitem a sobreposição de camadas de informação, como dados demográficos, socioeconômicos ou ambientais, enriquecendo a análise e possibilitando uma compreensão mais abrangente do fenômeno estudado.

Por fim, os mapas também facilitam a comunicação dos resultados da pesquisa para um público mais amplo. Ao utilizar mapas como forma de representação dos dados, é possível transmitir informações complexas de forma mais acessível para o público em geral. Isso é relevante nas pesquisas, onde os resultados podem ter impacto direto na sociedade.

Em resumo, o uso de mapas em dissertações de mestrado traz uma série de benefícios, tais como interpretação clara dos dados, visualização atrativa, compreensão rápida pela banca avaliadora, identificação de padrões espaciais e integração de diferentes fontes de informação geográfica. Portanto, é altamente recomendado que os pesquisadores aproveitem essa ferramenta poderosa para enriquecer suas dissertações e aumentar suas chances de sucesso na defesa.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Mapas para Teses de Doutorado (serviço)



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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Mapas para Teses de Doutorado

Os mapas desempenham um papel fundamental na apresentação e compreensão de dados espaciais, sendo essenciais para quem está fazendo doutorado.

Ao incorporar mapas em suas teses, a pesquisa irá ser enriquecida significativamente. Mas por quê? Porque os mapas fornecem uma visualização clara e concisa dos padrões espaciais de fenômenos. 

Eles destacam as mudanças que ocorreram no espaço. Os mapas conseguem mostrar ideias e fenômenos mais rapidamente. Além disso, o uso dele é bastante convincente e impacta positivamente a banca de avaliação e os revisores de periódicos. 

Veja dois exemplos abaixo, quais informações você consegue extrair a partir deles? O primeiro é sobre o percentual de florestas originais mantidas no Estado de Roraima até o ano de 2020. O segundo é sobre as mudanças de uso e da cobertura do solo, do município de Marituba, localizado no Estado do Pará.







Desse modo, as principais vantagens de usar mapas são:

a) Visualização de dados complexos: Os mapas oferecem uma forma intuitiva de visualizar e analisar dados geográficos complexos. Os mapas facilitam a identificação de padrões, tendências e relações espaciais que podem não ser tão evidentes em outras formas de apresentação de dados. Isso permite uma compreensão mais profunda e abrangente dos fenômenos estudados.

b) Comunicação efetiva: Os mapas são uma ferramenta poderosa para transmitir informações de maneira clara e acessível. Eles permitem que você comunique os seus resultados e descobertas de forma visualmente atraente e compreensível. Os mapas ajudam a transmitir a complexidade dos estudos de forma simplificada, facilitando a comunicação com o público acadêmico e com a sociedade em geral.

c) Análise espacial: A análise espacial é uma abordagem importante em muitas áreas de pesquisa. Os mapas permitem que você explore e analise os padrões espaciais de seus dados, identificando clusters, tendências, áreas de influência e outras relações espaciais relevantes. Isso ajuda a obter insights adicionais e a responder perguntas de pesquisa importantes.

d) Contextualização geográfica: Muitas pesquisas de doutorado envolvem questões que têm uma dimensão espacial significativa. Os mapas fornecem a oportunidade de contextualizar os resultados da pesquisa dentro de um contexto geográfico mais amplo.

e) Contribuição para o conhecimento científico: A inclusão de mapas em teses de doutorado contribui para o avanço do conhecimento científico. Ao visualizar e mapear dados, você consegue fazer descobertas inovadoras e identificar lacunas no conhecimento existente.

O uso de mapas nas teses de doutorado é uma prática essencial para que você evidenciar dados e conhecimento de maneira visual e eficaz. A incorporação de mapas em teses de doutorado aumenta a qualidade e o impacto das pesquisas, permitindo uma compreensão mais completa e uma apresentação mais convincente dos resultados.


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Links para obter dados do Censo 2022 do IBGE

 



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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1. Links para obter dados do Censo 2022 do IBGE

Conheça links para obter dados do Censo 2022 do IBGE. A partir desses dados, é possível fazer uma série de mapas populacionais e de outros temas, tais como: saneamento básico, meio ambiente e outros.




Os links dos painés acima estão disponíveis no site do IBGE: Panorama do Censo 2022.

Os dados do censo do IBGE desempenham um papel fundamental nos estudos acadêmicos, como dissertações e teses de doutorado, devido ao seu poder de fornecer informações precisas e atualizadas sobre a população e o território brasileiros. 

Esses dados são valiosos para pesquisadores, pois permitem a análise de tendências demográficas, socioeconômicas e espaciais, contribuindo para a aquisição de conhecimento e o avanço das pesquisas.

Um dos principais benefícios dos dados do censo é a sua capacidade de serem representados em forma de mapas. Os mapas são ferramentas poderosas na visualização e compreensão de padrões espaciais complexos, permitindo aos pesquisadores identificar relações geográficas e realizar análises detalhadas. 

Através dos mapas, é possível identificar clusters populacionais, distribuição de renda, índices de desenvolvimento humano, entre outros aspectos relevantes para as pesquisas acadêmicas.

Além disso, os mapas facilitam a transmissão de ideias e resultados da pesquisa. Eles permitem uma comunicação eficaz e visualmente atrativa, tornando os estudos mais acessíveis e compreensíveis para um público mais amplo. A representação espacial dos dados do censo por meio de mapas auxilia na apresentação clara das descobertas da pesquisa, destacando os pontos-chave e evidenciando padrões que podem não ser tão perceptíveis em análises puramente numéricas.

Os dados do censo também fornecem informações detalhadas sobre características socioeconômicas da população, como nível educacional, ocupação, renda, estrutura familiar, entre outros. Essas informações são fundamentais para a realização de estudos multidisciplinares e aprofundados. 

Pesquisadores podem utilizar esses dados para identificar desigualdades sociais, analisar impactos de políticas públicas, investigar migrações e compreender dinâmicas demográficas específicas.

Além disso, os dados do censo do IBGE são confiáveis e abrangentes, cobrindo todo o território nacional e abordando uma ampla gama de variáveis demográficas e socioeconômicas. Isso permite que os pesquisadores realizem análises comparativas em diferentes escalas geográficas, identificando padrões regionais e locais.


domingo, 8 de outubro de 2023

Sites para selecionar cores e paletas de cores para mapas




Luiz Henrique Almeida Gusmão
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1. Sites para selecionar cores e paletas de cores

Você já se viu perdido na hora de escolher as cores para os seus mapas e projetos? Não se preocupe, é normal passar por isso, e as vezes, levar bastante tempo.

Para te ajudar, eu vou compartilhar quatro sites incríveis onde eu encontro cores e paletas que dão vida aos meus mapas.




A escolha adequada das cores em mapas desempenha um papel crucial na transmissão eficaz de mensagens, na associação com fenômenos analisados ​​e na criação de sensações. As cores têm o poder de comunicar informações de maneira visualmente atraente e compreensível, facilitando a interpretação dos dados geográficos. 

Ao utilizar cores específicas em um mapa, é possível estabelecer uma hierarquia visual, destacando elementos importantes e enfatizando relações espaciais. Cores vibrantes e contrastantes podem chamar a atenção para áreas de interesse ou pontos de referência, enquanto tons mais suaves podem indicar áreas menos relevantes.

Além disso, as cores podem ser usadas para representar diferentes fenômenos geográficos. Por exemplo, o azul pode ser associado à água, verde às áreas florestais e marrom às regiões montanhosas. Essas associações intuitivas ajudam na identificação rápida e precisa dos elementos representados no mapa.

As cores também têm o poder de evocar sensações e emoções. O uso de cores quentes, como vermelho e laranja, pode transmitir uma sensação de calor ou perigo, enquanto cores frias, como azul e verde, podem transmitir calma ou frescor. Essas associações emocionais podem influenciar a forma como as pessoas percebem um determinado lugar ou fenômeno representado no mapa.

Além disso, a escolha das cores também deve levar em consideração questões culturais e simbólicas. Certas culturas podem atribuir significados específicos às cores, portanto, é importante considerar essas nuances ao criar mapas para diferentes públicos.

Você precisa de mapas ou ajuda para confeccioná-los? Fale comigo e eu te ajudarei (91) 98306-5306. 

sábado, 7 de outubro de 2023

Livros para aprimorar o conhecimento em SIG/GIS.


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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1. Livros para aprimorar o conhecimento em SIG/GIS.

Hoje é inegável que nós acessamos o Youtube para aprender uma nova habilidade, não é verdade? Porém, nem tudo está lá. 

Nós precisamos nos aprofundar o nosso conhecimento em livros físicos e digitais. Pensando nisso, eu resolvi trazer três (3) livros digitais incríveis que estou lendo aos poucos. Conheça-os! 



São materiais indispensáveis para se destacar no mundo das Geotecnolgias, principalmente na área da Cartografia. Veja:

1. GIS Cartography: GIS Cartography

2. A Primer of GIS: A Primer of GIS

3. Cartography, Thematic Cartography Design: Cartography, Thematic Cartography Design


Aprimorar os estudos na área de Cartografia é de extrema importância, pois oferece uma série de vantagens. Em primeiro lugar, o conhecimento sólido em Cartografia permite uma compreensão mais profunda sobre o uso de mapas, facilitando a interpretação e análise espacial.

Além disso, o estudo proporciona uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades técnicas essenciais, como a utilização de sistemas de informações geográficas (SIG) e softwares de mapeamento, que são amplamente utilizados em diversas áreas profissionais.

Outra vantagem é a capacidade de criar mapas temáticos, adaptados às necessidades específicas de diferentes projetos e pesquisas. Isso permite uma representação visual clara e eficaz de informações geográficas complexas, facilitando a comunicação e tomada de decisões.

Além disso, o conhecimento em cartografia possibilita a compreensão dos princípios e técnicas utilizados na produção de mapas digitais e impressos, contribuindo para a melhoria da qualidade desses produtos cartográficos.

Aprimorar os estudos nessa área também oferece uma visão mais ampla sobre as transformações do espaço geográfico ao longo do tempo, permitindo o estudo de mudanças ambientais, urbanas e sociais.

Por fim, vale ressaltar que o domínio da cartografia é uma habilidade altamente valorizada no mercado de trabalho atual. Profissionais com conhecimentos sólidos nessa área têm oportunidades em setores como planejamento urbano, gestão ambiental, turismo, engenharia, entre outros.


sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Mapa da Densidade de cidades no Brasil


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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1. Mapa da densidade de cidades no Brasil

A partir dos dados de localização das cidades brasileiras, cerca de 5.570 pontos, eu espacializei a densidade em um mapa temático, adotando a técnica de Kernel

Quanto mais alaranjado, menor a quantidade e proximidade de cidades. Por outro lado, quanto mais esverdeado, maior o número e a proximidade de cidades. O mapa final revela grandes diferenças entre os estados, as regiões e dentro dos estados brasileiros.

Mapa 1. Brasil: Densidade de cidades (2021) 


O mapa mostra que a maior concentração de cidades está em várias regiões dos estados brasileiros, tais como: litoral do Rio Grande do Norte até Sergipe, grande parte do agreste nordestino, sul da Bahia, sul de Minas Gerais, Centro-oeste de São Paulo, litoral sul do Rio de Janeiro, litoral norte de São Paulo, norte do Paraná, litoral e interior de Santa Catarina, norte e centro-leste do Rio Grande do Sul, centro de Goiás e outros trechos.

Nesse contexto, a técnica de kernel desempenha um papel fundamental nos estudos demográficos, fornecendo uma abordagem analítica para compreender a distribuição espacial de variáveis populacionais. 

Ao aplicar essa técnica, podemos visualizar de forma mais clara a concentração ou dispersão de determinadas características demográficas, como densidade populacional, migração, idade ou renda, em diferentes áreas geográficas.

Isso nos permite identificar padrões e tendências que podem ser utilizados para tomar decisões informadas em políticas públicas, planejamento urbano, saúde pública e outras áreas. Além disso, a técnica de kernel é útil para identificar áreas de maior vulnerabilidade ou risco, auxiliando na alocação eficiente de recursos e na implementação de medidas preventivas. E você, precisa desse tipo de mapa para as suas pesquisas? Entre em contato que eu te ajudo.


quinta-feira, 8 de junho de 2023

Mapas de Uso e Cobertura da Terra (serviço)




Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
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1. O que é um Mapa de Uso e Cobertura da Terra?

É aquele que mostra como o solo está sendo usado (agricultura, pecuária, área urbana, mineração, entre outros) e que tipo de cobertura natural (florestas, mangues, rochas, áreas alagadas, rios e outros) há espaço. 

É um tipo de mapa com bastante demanda no mundo acadêmico, já que destaca como uma área muda ao longo do tempo. A partir dele, nós conseguimos ver o desmatamento, a expansão de cidades, o avanço da mineração, a troca de uso da terra e outros processos que ocorrem em um dado local. 

Você pode solicitar um mapa desse tipo para o seu TCC, artigo, dissertação ou tese de doutorado. É possível ver mudanças radiciais no espaço, por exemplo, de 10 em 10 anos. Também dá para ver dinâmicas sutis, como de 2 em 2 anos. Tudo isso depende do objetivo do trabalho e das análises a serem efetuadas.

No exemplo abaixo nós conseguimos ver um mapa nesse modelo. A animação mostra a dinâmica que ocorreu no município de Marituba, no estado do Pará. O mapa deixa nítido o desmatamento ocorrido devido a expansão urbana que aconteceu entre 1985 e 2021. A perda florestal também ocorreu por causa do crescimento de áreas agropecuárias. 

Figura 1. Marituba/PA - uso e cobertura do solo (1985/2021)

A figura acima é apenas uma amostra de trabalho. No mapa de uso e cobertura do solo, nós tiraremos as marcas d' água e enquadraremos no formato técnico. Além disso, colocaremos o seu nome como organizador do mapa, bem como outras informações técnicas. 

Dependendo do objetivo, é possível ver todas as classes juntas ou apenas algumas delas. O mapa também pode ser solicitado com as estatísticas em km² e percentual. O uso do mapa favorece significativamente a compreensão das mudanças que ocorreram no espaço. Pode-se ser solicitado para um município, uma região, um estado brasileiro ou áreas menores.



segunda-feira, 27 de março de 2023

Brasil: produção de feijão em 2021


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbnano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
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#Brasil: produção de feijão em 2021

O feijão é um alimento indispensável na mesa do brasileiro e é um dos pilares da culinária do país. É fonte de proteínas e fibras. Esse alimento tem grande importância econômica e é responsável por gerar emprego e renda em todo o Brasil. Mas afinal, onde se produz mais feijão? e menos? 

A partir dos dados do IBGE (2021) sobre a produção de feijão, eu realizei um mapa para indicar onde há produção. Essa figura foi a primeira realizada com o auxílio do Canva, uma plataforma de design gráfico já bastante popular, mas pouco usada por geógrafos e cartógrafos.


Figura 1. Brasil: produção de feijão (2021)


O mapa acima mostra a produção de feijão, em toneladas, por unidade federativa. Os maiores produtores do país são o Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, cuja produção foi superior a 355 mil toneladas.

Em seguida, temos os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará, com produção entre 229 a 89 mil toneladas. Os demais tiveram produção inferior a 78 mil.

Do ponto de vista estético, essa figura facilita bastante a compreensão do que é e como é o feijão. Todos podem entender com facilidade: crianças, jovens, adultos e idosos. Para o público acadêmico, o mapa também é útil, facilitando e atraindo maior atenção para o tema. Esse símbolo gráfico aproxima as pessoas do mapa e de discussões que poderão sser realizadas em torno do feijão. A figura também nos instiga a querer ver a produção por município, mas nem sempre essa maneira será a mais adequada, já que limites municipais costumam ser muito pequenos.

Ainda assim, é interessante que nós, geógrafos e cartógrafos nos aproximemos desse tipo de visualização. Há vários pontos positivos, desde os estéticos até a retenção da atenção do público-alvo. Além disso, o site Canva oferece uma ampla variedade de opções para criação de gráficos e figuras, assim como mapas e outros tipos de visualização geográfica.


domingo, 26 de março de 2023

Roraima: desmatamento em 6 imagens


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
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#Roraima: desmatamento em 6 imagens

No ano de 2022, alguns amigos e eu escrevemos um artigo para o Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. O material original se encontra nesse link: DESMATAMENTO NAS FLORESTAS DO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO EM SEIS IMAGENS, mas vamos trazer os principais pontos e conclusões. 

Eu sugiro ler o artigo completo para ver as discussões sobre cada mapa. 

O objetivo deste estudo foi avaliar e contextualizar o desmatamento ocorrido em Roraima até o ano de 2020, por meio do uso de dados estatísticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Projeto Mapbiomas.


O primeiro mapa realizado por nós objetivou mostrar o quanto restava de florestas originais, por município, até o ano de 2020. As descobertas a partir desse mapa foram as seguintes:

  • Roraima ainda é predominantemente coberto por floresta.
  • Todos os municípios do estado têm mais de 50% das florestas mantidas.
  • Os municípios do norte e sudoeste do estado são aqueles com os maiores índices de cobertura florestal remanescente, acima de 90%.
  • A maioria dos municípios da região central tem os menores índices de cobertura florestal mantidas.

Figura 1. Roraima: percentual de florestas originais mantidas em 2020



O segundo mapa objetivou evidenciar quanto o desmatamento variou entre o ano de 2018 e 2020. A partir desse mapa ficou claro que:

  • O desmatamento aumentou em quase todos os municípios de Roraima no período, exceto em Normandia.
  • A taxa predominante de desmatamento nos municípios foi superior a 100%, exceto em Amajari, São Luiz e São João da Baliza.
  • Os municípios de Alto Alegre e Iracema foram aqueles com as maiores variações de desmatamento, cerca de 674% e 651%.
  • A dificuldade de manter a floresta em pé foi visível no estado.

Figura 2. Roraima: variação do desmatamento ocorrido entre 2018 e 2020



O terceiro mapa buscou retratar o desmatamento acumulado até o ano de 2020. Esse mapa nos ajudou a entender que:

  • A taxa de desmatamento acumulado predominante é baixa, em atpe 16,5% na maioria dos municípios.
  • São Luiz foi classificado como o município mais desmatado de Roraima.
  • A região sul e central do estado foram aquelas mais desmatadas ao longo de todo o processo de ocupação humana.
  • Os municípios menos desmatados de Roraima estão na região norte, na fronteira com a Venezuela e a Guiana.


Figura 3. Roraima: desmatamento de áreas florestais originais, em percentual, até 2020


O quarto mapa buscou representar os principais usos do solo do estado de Roraima até o ano de 2020, que no caso são: pastagem e agricultura. A partir desse mapa ficou claro que:

  • A pastagem foi a principal responsável pelo desmatamento em Roraima, pois ocupava pouco mais de 1 milhão de hectares.
  • A agricultura foi a segunda maior causa de desmatamento no estado, já que ocupava 44,1 mil hectares de terra.
  • A pastagem se estende principalmente pelas terras do sul, oeste e sudoeste do estado, bem como ao longo das rodovias.
  • A agricultura estava concentrada na porção central do estado, especialmente em Boa Vista, Bonfim e Alto Alegre.
  • O extremo norte e oeste do estado são as regiões com pouca ou nenhum uso do solo, onde as florestas estão preservadas até então.


Figura 4. Roraima: áreas agrícolas e de pastagens em 2020


A quinta figura buscou representar a área plantada por soja e outras lavouras no estado de Roraima em dois momentos: 2001 e 2020. A figura nos auxiliou a entender que:

  • A expansão da soja ocorreu principalmente na região central de Roraima, nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim, Cantá e Mucajaí.
  • Dentre os cultivos agrícolas desenvolvidos em Roraima, a soja foi a mais evidente, ao ocupar a maioria das terras.
  • As maiores expansões agrícolas ocorreram em Boa Vista, Alto Alegre e Bonfim.


Figura 5. Roraima: área plantada de soja e de outras lavouras em 2001 e 2020



A última figura foi um gráfico. O objetivo dele era mostrar as áreas desmatadas em todo o estado de Roraima entre o 2001 até 2020. Esse gráfico nos ajudou a compreender que:

  • O desmatamento voltou a crescer significativamente a partir de 2018.
  • O ano de 2019 foi um dos anos recordes da taxa de desmatamento no estado.
  • O desmatamento no ano de 2020 reduziu após sucessivos aumentos em 2018 e 2019.
  • O último ano de desmatamento avaliado (2020) foi bastante superior àqueles ocorridos entre 2009 e 2018.

Figura 6. Taxa de desmatamento ocorrido em Roraima entre 2001 e 2020 


As principais conclusões do estudo foram:

  • Os resultados da pesquisa apontaram a retomada das altas taxas de desmatamento em Roraima (acima de 300 km²) quando comparados com a maioria das taxas anteriores, ou seja, retrocesso ambiental.
  • Na perspectiva recente, entre 2018 e 2020, houve expansão significativa do desmatamento na maioria dos municípios e indicativo de dificuldade de preservar as florestas do território roraimense.
  • Apesar dos constantes desmatamentos em Roraima, as florestas ainda predominaram nos 16 municípios em detrimento de usos antrópicos como pastagens e áreas agrícolas, até o ano de 2020.
  • Predominaram taxas de desmatamento acumulado inferiores a 20% na maioria dos municípios roraimenses, com exceção de São Luiz, onde a taxa está próxima de 40%. Ou seja, restam imensas áreas florestais no estado.
  • As pastagens foram as principais responsáveis pela derrubada de florestas, especialmente ao longo das rodovias estaduais e federais.
  • O crescimento da área plantada de soja foi vertiginoso nas últimas décadas e ocorreu especialmente no entorno da capital Boa Vista.
  • Diante da escalada do desmatamento a partir da expansão dos pastos e da soja, são necessárias políticas públicas emergenciais e eficientes de contenção das perdas florestais em Roraima.
  • A ampliação do corpo técnico e dos investimentos nos programas de monitoramento e fiscalização do desmatamento são indispensáveis para fortalecer o uso sustentável dos recursos naturais.

Para citar o artigo original: GUSMÃO, Luiz Henrique Almeida; MESSIAS, Cassiano Gustavo; SILVA, Libério. DESMATAMENTO NAS FLORESTAS DO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO EM SEIS IMAGENS.. In: Anais do Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Anais...Diamantina(MG) Online, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/cobicet2022/509775-DESMATAMENTO-NAS-FLORESTAS-DO-ESTADO-DE-RORAIMA-AMAZONIA-BRASILEIRA--CONTEXTUALIZACAO-EM-SEIS-IMAGENS>. Acesso em: ....


sábado, 25 de fevereiro de 2023

Anamorfoses do Brasil: produção de açaí e de maçã


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Anamorfoses do Brasil: produção de açaí e de maçã 

A Anamorfose é uma representação cartográfica que distorce a área geográfica de acordo com o valor do dado quantitativo. Ou seja, quanto maior o valor absoluto ou relativo de uma área, mais destaque ela terá. 

Então, eu acessei o site do Censo Agropecuário de 2017 do IBGE e peguei os dados de produção de açaí e de maçã, para todos os estados do Brasil. Depois eu gerei duas anamorfoses no software QGIS, em formato GIF.



A primeira figura destaca a produção de açaí, em que o estado do Pará se destacou como o principal produtor, seguido pelo Amazonas, Amapá e Bahia. Só o Pará produziu 86,2% de toda produção nacional.

A segunda figura destaca a produção de maçã. Dessa vez, o estado de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul concentravam 48,6% e 47,2% da produção nacional, respectivamente.

Essa animação simples foi publicada no Linkedin e viralizou. Foram mais de 220 curtidas e alguns comentários. Esse tipo de representação é mais comum entre o público da geografia, mas com a popularização de ferramentas de visualização de dados, mais figuras como essas têm sido compartilhadas nas redes.

É importante dizer que o público-alvo precisa conhecer minimamente a estrutura espacial do local que será gerado uma anamorfose. As vezes nós colocamos um mapa tradicional da área para a pessoa conseguir reconhecer. Caso contrário, a figura pode gerar dúvida ou induzir a interpretações equivocadas.

Em publicações científicas, o uso desse tipo de figura não é muito comum. A vantagem da anamorfose está na valorização dos municípios, cidades ou países cuja área é pequena, quando valor do dado é alto. Isso faz com que esses locais apareçam maiores na figura por causa do valor.

E você? conhece essa representação? tem interesse em representar dessa forma os seus dados? quais aplicações você acredita que elas são viáveis? Deixe o seu comentário.