Geografia e Cartografia Digital
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Mapas para Dissertações de Mestrado: benefícios
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
Mapas para Teses de Doutorado (serviço)
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
Links para obter dados do Censo 2022 do IBGE
1. Links para obter dados do Censo 2022 do IBGE
domingo, 8 de outubro de 2023
Sites para selecionar cores e paletas de cores para mapas
1. Sites para selecionar cores e paletas de cores
sábado, 7 de outubro de 2023
Livros para aprimorar o conhecimento em SIG/GIS.
1. Livros para aprimorar o conhecimento em SIG/GIS.
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
Mapa da Densidade de cidades no Brasil
1. Mapa da densidade de cidades no Brasil
quinta-feira, 8 de junho de 2023
Mapas de Uso e Cobertura da Terra (serviço)
1. O que é um Mapa de Uso e Cobertura da Terra?
É um tipo de mapa com bastante demanda no mundo acadêmico, já que destaca como uma área muda ao longo do tempo. A partir dele, nós conseguimos ver o desmatamento, a expansão de cidades, o avanço da mineração, a troca de uso da terra e outros processos que ocorrem em um dado local.
segunda-feira, 27 de março de 2023
Brasil: produção de feijão em 2021
O feijão é um alimento indispensável na mesa do brasileiro e é um dos pilares da culinária do país. É fonte de proteínas e fibras. Esse alimento tem grande importância econômica e é responsável por gerar emprego e renda em todo o Brasil. Mas afinal, onde se produz mais feijão? e menos?
A partir dos dados do IBGE (2021) sobre a produção de feijão, eu realizei um mapa para indicar onde há produção. Essa figura foi a primeira realizada com o auxílio do Canva, uma plataforma de design gráfico já bastante popular, mas pouco usada por geógrafos e cartógrafos.
Figura 1. Brasil: produção de feijão (2021)
O mapa acima mostra a produção de feijão, em toneladas, por unidade federativa. Os maiores produtores do país são o Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, cuja produção foi superior a 355 mil toneladas.
Em seguida, temos os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará, com produção entre 229 a 89 mil toneladas. Os demais tiveram produção inferior a 78 mil.
Do ponto de vista estético, essa figura facilita bastante a compreensão do que é e como é o feijão. Todos podem entender com facilidade: crianças, jovens, adultos e idosos. Para o público acadêmico, o mapa também é útil, facilitando e atraindo maior atenção para o tema. Esse símbolo gráfico aproxima as pessoas do mapa e de discussões que poderão sser realizadas em torno do feijão. A figura também nos instiga a querer ver a produção por município, mas nem sempre essa maneira será a mais adequada, já que limites municipais costumam ser muito pequenos.
Ainda assim, é interessante que nós, geógrafos e cartógrafos nos aproximemos desse tipo de visualização. Há vários pontos positivos, desde os estéticos até a retenção da atenção do público-alvo. Além disso, o site Canva oferece uma ampla variedade de opções para criação de gráficos e figuras, assim como mapas e outros tipos de visualização geográfica.
domingo, 26 de março de 2023
Roraima: desmatamento em 6 imagens
No ano de 2022, alguns amigos e eu escrevemos um artigo para o Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. O material original se encontra nesse link: DESMATAMENTO NAS FLORESTAS DO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO EM SEIS IMAGENS, mas vamos trazer os principais pontos e conclusões.
Eu sugiro ler o artigo completo para ver as discussões sobre cada mapa.
O objetivo deste estudo foi avaliar e contextualizar o desmatamento ocorrido em Roraima até o ano de 2020, por meio do uso de dados estatísticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Projeto Mapbiomas.
O primeiro mapa realizado por nós objetivou mostrar o quanto restava de florestas originais, por município, até o ano de 2020. As descobertas a partir desse mapa foram as seguintes:
- Roraima ainda é predominantemente coberto por floresta.
- Todos os municípios do estado têm mais de 50% das florestas mantidas.
- Os municípios do norte e sudoeste do estado são aqueles com os maiores índices de cobertura florestal remanescente, acima de 90%.
- A maioria dos municípios da região central tem os menores índices de cobertura florestal mantidas.
Figura 1. Roraima: percentual de florestas originais mantidas em 2020
O segundo mapa objetivou evidenciar quanto o desmatamento variou entre o ano de 2018 e 2020. A partir desse mapa ficou claro que:
- O desmatamento aumentou em quase todos os municípios de Roraima no período, exceto em Normandia.
- A taxa predominante de desmatamento nos municípios foi superior a 100%, exceto em Amajari, São Luiz e São João da Baliza.
- Os municípios de Alto Alegre e Iracema foram aqueles com as maiores variações de desmatamento, cerca de 674% e 651%.
- A dificuldade de manter a floresta em pé foi visível no estado.
Figura 2. Roraima: variação do desmatamento ocorrido entre 2018 e 2020
O terceiro mapa buscou retratar o desmatamento acumulado até o ano de 2020. Esse mapa nos ajudou a entender que:
- A taxa de desmatamento acumulado predominante é baixa, em atpe 16,5% na maioria dos municípios.
- São Luiz foi classificado como o município mais desmatado de Roraima.
- A região sul e central do estado foram aquelas mais desmatadas ao longo de todo o processo de ocupação humana.
- Os municípios menos desmatados de Roraima estão na região norte, na fronteira com a Venezuela e a Guiana.
O quarto mapa buscou representar os principais usos do solo do estado de Roraima até o ano de 2020, que no caso são: pastagem e agricultura. A partir desse mapa ficou claro que:
- A pastagem foi a principal responsável pelo desmatamento em Roraima, pois ocupava pouco mais de 1 milhão de hectares.
- A agricultura foi a segunda maior causa de desmatamento no estado, já que ocupava 44,1 mil hectares de terra.
- A pastagem se estende principalmente pelas terras do sul, oeste e sudoeste do estado, bem como ao longo das rodovias.
- A agricultura estava concentrada na porção central do estado, especialmente em Boa Vista, Bonfim e Alto Alegre.
- O extremo norte e oeste do estado são as regiões com pouca ou nenhum uso do solo, onde as florestas estão preservadas até então.
A quinta figura buscou representar a área plantada por soja e outras lavouras no estado de Roraima em dois momentos: 2001 e 2020. A figura nos auxiliou a entender que:
- A expansão da soja ocorreu principalmente na região central de Roraima, nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim, Cantá e Mucajaí.
- Dentre os cultivos agrícolas desenvolvidos em Roraima, a soja foi a mais evidente, ao ocupar a maioria das terras.
- As maiores expansões agrícolas ocorreram em Boa Vista, Alto Alegre e Bonfim.
A última figura foi um gráfico. O objetivo dele era mostrar as áreas desmatadas em todo o estado de Roraima entre o 2001 até 2020. Esse gráfico nos ajudou a compreender que:
- O desmatamento voltou a crescer significativamente a partir de 2018.
- O ano de 2019 foi um dos anos recordes da taxa de desmatamento no estado.
- O desmatamento no ano de 2020 reduziu após sucessivos aumentos em 2018 e 2019.
- O último ano de desmatamento avaliado (2020) foi bastante superior àqueles ocorridos entre 2009 e 2018.
Figura 6. Taxa de desmatamento ocorrido em Roraima entre 2001 e 2020
As principais conclusões do estudo foram:
- Os resultados da pesquisa apontaram a retomada das altas taxas de desmatamento em Roraima (acima de 300 km²) quando comparados com a maioria das taxas anteriores, ou seja, retrocesso ambiental.
- Na perspectiva recente, entre 2018 e 2020, houve expansão significativa do desmatamento na maioria dos municípios e indicativo de dificuldade de preservar as florestas do território roraimense.
- Apesar dos constantes desmatamentos em Roraima, as florestas ainda predominaram nos 16 municípios em detrimento de usos antrópicos como pastagens e áreas agrícolas, até o ano de 2020.
- Predominaram taxas de desmatamento acumulado inferiores a 20% na maioria dos municípios roraimenses, com exceção de São Luiz, onde a taxa está próxima de 40%. Ou seja, restam imensas áreas florestais no estado.
- As pastagens foram as principais responsáveis pela derrubada de florestas, especialmente ao longo das rodovias estaduais e federais.
- O crescimento da área plantada de soja foi vertiginoso nas últimas décadas e ocorreu especialmente no entorno da capital Boa Vista.
- Diante da escalada do desmatamento a partir da expansão dos pastos e da soja, são necessárias políticas públicas emergenciais e eficientes de contenção das perdas florestais em Roraima.
- A ampliação do corpo técnico e dos investimentos nos programas de monitoramento e fiscalização do desmatamento são indispensáveis para fortalecer o uso sustentável dos recursos naturais.
sábado, 25 de fevereiro de 2023
Anamorfoses do Brasil: produção de açaí e de maçã
A Anamorfose é uma representação cartográfica que distorce a área geográfica de acordo com o valor do dado quantitativo. Ou seja, quanto maior o valor absoluto ou relativo de uma área, mais destaque ela terá.
Então, eu acessei o site do Censo Agropecuário de 2017 do IBGE e peguei os dados de produção de açaí e de maçã, para todos os estados do Brasil. Depois eu gerei duas anamorfoses no software QGIS, em formato GIF.
A primeira figura destaca a produção de açaí, em que o estado do Pará se destacou como o principal produtor, seguido pelo Amazonas, Amapá e Bahia. Só o Pará produziu 86,2% de toda produção nacional.
A segunda figura destaca a produção de maçã. Dessa vez, o estado de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul concentravam 48,6% e 47,2% da produção nacional, respectivamente.
Essa animação simples foi publicada no Linkedin e viralizou. Foram mais de 220 curtidas e alguns comentários. Esse tipo de representação é mais comum entre o público da geografia, mas com a popularização de ferramentas de visualização de dados, mais figuras como essas têm sido compartilhadas nas redes.
É importante dizer que o público-alvo precisa conhecer minimamente a estrutura espacial do local que será gerado uma anamorfose. As vezes nós colocamos um mapa tradicional da área para a pessoa conseguir reconhecer. Caso contrário, a figura pode gerar dúvida ou induzir a interpretações equivocadas.
Em publicações científicas, o uso desse tipo de figura não é muito comum. A vantagem da anamorfose está na valorização dos municípios, cidades ou países cuja área é pequena, quando valor do dado é alto. Isso faz com que esses locais apareçam maiores na figura por causa do valor.
E você? conhece essa representação? tem interesse em representar dessa forma os seus dados? quais aplicações você acredita que elas são viáveis? Deixe o seu comentário.