Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
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1. As 30 Melhores e Piores cidades para viver no Brasil
Baseado no estudo desenvolvido pelo Observatório das Metrópoles sobre Bem-Estar Urbano 2015 (IBEU), que incluiu 5 variáveis sobre diversos temas, estamos compartilhando a lista das melhores e piores cidades do Brasil para viver. A pontuação varia entre 0 (pior) e 1 (melhor) para todas as variáveis, sendo calculado uma média no final.
1 - Mobilidade Urbana (É considerado como tempo de deslocamento adequado quando as pessoas gastam até 1 hora por dia no trajeto casa-trabalho).
2 - Condições Ambientais Urbanas (arborização do entorno dos domicílios, esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios)
3 - Condições Habitacionais (aglomerado subnormal, densidade domiciliar, densidade morador/banheiro, material das paredes dos domicílios e espécie do domicílio)
4 - Serviços Coletivos Urbanos (atendimento adequado de água, atendimento adequado de esgoto, atendimento adequado de energia e coleta adequada de lixo)
5 - Infraestrutura Urbana (Iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros)
**Os cálculos foram feitos pelo Observatório das Metrópoles e todos os dados são oriundos do Censo Demográfico de 2010
2. As 30 Melhores Cidades para viver
Na lista das melhores, 24 estão localizadas no Estado de São Paulo, 4 em Minas Gerais, 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina (Tabela 1):
3. As 30 Piores Cidades para viver
Já na lista das piores, destacam-se: 10 do Maranhão, 10 do Pará, 7 do Amazonas e 3 do Amapá (Tabela 2):
Já entre as piores, a maioria também é pequena com população inferior a 50.000 habitantes. Contudo, também há cidades maiores e outras em áreas de grandes conflitos fundiários, tais como: Pacajá, Vitória do Xingu e Anapu no Pará. Na lista também há cidades bastante pobres, como as do norte do Maranhão e outras ao longo de rios no Amazonas. Ademais, por ironia do destino, a última colocada leva um dos nomes mais conhecidos na política: Presidente Sarney/MA.
Muitas dessas cidades têm índices que correspondem a apenas 46% do índice das melhores cidades, o que revela um verdadeiro abismo em termos de bem-estar da população. Para enquadrar as cidades no que se refere ao bem-estar, utilizou-se o critério: entre 0,600 e 0,500 (ruim) e inferior a 0,500 (muito ruim), conforme o Observatório das Metrópoles (2016).
Entre os critérios avaliados, o pior refere-se a infraestrutura urbana, ou seja, a presença de iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros, o que dificulta as condições de circulação e facilita as chances de adquirir doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado.
4. Conclusão
Diante dos dados sobre bem-estar urbano, podemos afirmar que há vários "Brasis" dentro do Brasil, devido as grandes desigualdades sociais no país. É indispensável que os governos locais reduzam tais contrastes sociais, através da implementação de diversas políticas públicas e do combate a corrupção, de modo a oferecer melhores condições de vida a população.
1 - Mobilidade Urbana (É considerado como tempo de deslocamento adequado quando as pessoas gastam até 1 hora por dia no trajeto casa-trabalho).
2 - Condições Ambientais Urbanas (arborização do entorno dos domicílios, esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios)
3 - Condições Habitacionais (aglomerado subnormal, densidade domiciliar, densidade morador/banheiro, material das paredes dos domicílios e espécie do domicílio)
4 - Serviços Coletivos Urbanos (atendimento adequado de água, atendimento adequado de esgoto, atendimento adequado de energia e coleta adequada de lixo)
5 - Infraestrutura Urbana (Iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros)
Fonte da imagem: Pixabay/FreeCreativeStuff
Elaborador: Luiz Henrique Almeida Gusmão
**Os cálculos foram feitos pelo Observatório das Metrópoles e todos os dados são oriundos do Censo Demográfico de 2010
2. As 30 Melhores Cidades para viver
Na lista das melhores, 24 estão localizadas no Estado de São Paulo, 4 em Minas Gerais, 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina (Tabela 1):
Tabela 1: As 30 cidades com melhor Índice de Bem-estar urbano do Brasil (2016)
Fonte: Elaborado pelo autor com dados do IBGE (2010) coletados pelo Observatório das metrópoles - IBEU (2016)
Entre as cidades listadas acima, a maioria é pequena com população inferior a 50.000 habitantes. No entanto, chama atenção algumas cidades maiores como: Votuporanga/SP (10°), Balneário Camboriú/SC (14°) e Maringá/PR (28°), mostrando que cidades médias também podem oferecer excelentes condições de vida para a população.
Entre os critérios analisados, o melhor refere-se as condições ambientais, ou seja, há forte presença de arborização, a dificuldade de encontrar lixo espalhado pelas ruas e a quase ausência de esgoto a céu aberto. Todas as cidades acima e aquelas com índice superior a 0,900 foram consideradas muito boas, conforme o Observatório das Metrópoles (2016).
Entre os critérios analisados, o melhor refere-se as condições ambientais, ou seja, há forte presença de arborização, a dificuldade de encontrar lixo espalhado pelas ruas e a quase ausência de esgoto a céu aberto. Todas as cidades acima e aquelas com índice superior a 0,900 foram consideradas muito boas, conforme o Observatório das Metrópoles (2016).
3. As 30 Piores Cidades para viver
Já na lista das piores, destacam-se: 10 do Maranhão, 10 do Pará, 7 do Amazonas e 3 do Amapá (Tabela 2):
Tabela 2: As 30 cidades com pior Índice de Bem-estar urbano do Brasil (2016)
Fonte: Elaborado pelo autor com dados do IBGE (2010) coletados pelo Observatório das metrópoles - IBEU (2016)
Já entre as piores, a maioria também é pequena com população inferior a 50.000 habitantes. Contudo, também há cidades maiores e outras em áreas de grandes conflitos fundiários, tais como: Pacajá, Vitória do Xingu e Anapu no Pará. Na lista também há cidades bastante pobres, como as do norte do Maranhão e outras ao longo de rios no Amazonas. Ademais, por ironia do destino, a última colocada leva um dos nomes mais conhecidos na política: Presidente Sarney/MA.
Muitas dessas cidades têm índices que correspondem a apenas 46% do índice das melhores cidades, o que revela um verdadeiro abismo em termos de bem-estar da população. Para enquadrar as cidades no que se refere ao bem-estar, utilizou-se o critério: entre 0,600 e 0,500 (ruim) e inferior a 0,500 (muito ruim), conforme o Observatório das Metrópoles (2016).
Entre os critérios avaliados, o pior refere-se a infraestrutura urbana, ou seja, a presença de iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros, o que dificulta as condições de circulação e facilita as chances de adquirir doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado.
4. Conclusão
Diante dos dados sobre bem-estar urbano, podemos afirmar que há vários "Brasis" dentro do Brasil, devido as grandes desigualdades sociais no país. É indispensável que os governos locais reduzam tais contrastes sociais, através da implementação de diversas políticas públicas e do combate a corrupção, de modo a oferecer melhores condições de vida a população.
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ResponderExcluirCom todo respeito, sua pesquisa é solta, vaga e pontual. É evidente que cidades minúsculas tem raríssimos problemas de mobilidade urbana, saneamento ou moradia. Mas você omite a ausência de uma gama de serviços que essa população não dispõe e que precisa se deslocar para para obtê-los em centros maiores nas áreas de saúde, educação, lazer e empregos. Nas cidades pequenas ou você é servidor da prefeitura ou vai ter que abrir comércio e mesmo assim só se for de comida. São alguns contrapontos ao seu estudo. Pra mim as melhores cidades para se viver são as maiores, especialmente a maior delas, São Paulo. Se ela tem inúmeros problemas são decorrentes da má distribuição de renda e da corrupção, mas se houver vontade e capacidade para resolvê-los ela consegue num instalar de dedos. São Paulo é uma cidade conectada com o mundo e possui todos os serviços para se viver bem. O que você não encontrar em São Paulo não encontrará em lugar nenhum. Outra coisa: com dinheiro no bolso você vive bem em qualquer lugar, seja em São Paulo seja em Serra da Saudade.
Oi Douglas, tudo bem? Amigo, eu não fiz essa pesquisa. Lembre-se, a pesquisa é do Observatório das Metrópoles, que reúne um esforço coletivo de vários pesquisadores de todas as universidade federais brasileiras, ou seja, a escolha das variáveis foram feitas por pesquisadores, não por mim. Concordo que há carência de alguns dados, porém os que se referiu: emprego, lazer e saúde não estão compatíveis para serem trabalhados, por isso os pesquisadores elegeram as VARIÁVEIS mais importantes para calcular o índice, tudo com base nas pesquisas do IBGE. Detalhe, você citou São Paulo e as outras cidades grandes, mas todas possuem maiores ou menores problemas de infraestrutura, então é óbvio que as cidades menores e de porte médio vão se destacar. O objetivo do estudo é comparar todas as cidades, mas no próprio site você consegue baixar os dados somente das grandes cidades.
ResponderExcluirLembre-se que as cidades grandes não são somente o centro (onde normalmente as condições de vida tendem a ser melhores), o que muitas das vezes distorce a realidade do todo. Ademais, os dados escolhidos pelas instituições são os mais relevantes e compatíveis, por isso a pesquisa não é solta, nem vaga e muito menos pontual. O estudo completo está descrito no link e o que eu fiz foi somente selecionar as 30 melhores e 30 piores.