quarta-feira, 3 de julho de 2019

As 30 Melhores e Piores cidades para viver no Brasil




Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Emails: henrique.ufpa@hotmail.com
gusmao.geotecnologias@gmail.com



1. As 30 Melhores e Piores cidades para viver no Brasil

Baseado no estudo desenvolvido pelo Observatório das Metrópoles sobre Bem-Estar Urbano 2015 (IBEU), que incluiu 5 variáveis sobre diversos temas, estamos compartilhando a lista das melhores e piores cidades do Brasil para viver. A pontuação varia entre 0 (pior) e 1 (melhor) para todas as variáveis, sendo calculado uma média no final.

1 - Mobilidade Urbana (É considerado como tempo de deslocamento adequado quando as pessoas gastam até 1 hora por dia no trajeto casa-trabalho).
2 - Condições Ambientais Urbanas (arborização do entorno dos domicílios, esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios)
3 - Condições Habitacionais (aglomerado subnormal, densidade domiciliar, densidade morador/banheiro, material das paredes dos domicílios e espécie do domicílio)
4 - Serviços Coletivos Urbanos (atendimento adequado de água, atendimento adequado de esgoto, atendimento adequado de energia e coleta adequada de lixo)
5 - Infraestrutura Urbana (Iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros)




Fonte da imagem: Pixabay/FreeCreativeStuff
Elaborador: Luiz Henrique Almeida Gusmão


**Os cálculos foram feitos pelo Observatório das Metrópoles e todos os dados são oriundos do Censo Demográfico de 2010



2. As 30 Melhores Cidades para viver

Na lista das melhores, 24 estão localizadas no Estado de São Paulo, 4 em Minas Gerais, 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina (Tabela 1):



Tabela 1: As 30 cidades com melhor Índice de Bem-estar urbano do Brasil (2016)
Fonte: Elaborado pelo autor com dados do IBGE (2010) coletados pelo Observatório das metrópoles - IBEU (2016)


Entre as cidades listadas acima, a maioria é pequena com população inferior a 50.000 habitantes. No entanto, chama atenção algumas cidades maiores como: Votuporanga/SP (10°), Balneário Camboriú/SC (14°) e Maringá/PR (28°), mostrando que cidades médias também podem oferecer excelentes condições de vida para a população.

Entre os critérios analisados, o melhor refere-se as condições ambientais, ou seja, há forte presença de arborização, a dificuldade de encontrar lixo espalhado pelas ruas e a quase ausência de esgoto a céu aberto. Todas as cidades acima e aquelas com índice superior a 0,900 foram consideradas muito boas, conforme o Observatório das Metrópoles (2016).




3. As 30 Piores Cidades para viver

Já na lista das piores, destacam-se: 10 do Maranhão, 10 do Pará, 7 do Amazonas e 3 do Amapá (Tabela 2):


Tabela 2: As 30 cidades com pior Índice de Bem-estar urbano do Brasil (2016)



Fonte: Elaborado pelo autor com dados do IBGE (2010) coletados pelo Observatório das metrópoles - IBEU (2016)

Já entre as piores, a maioria também é pequena com população inferior a 50.000 habitantes. Contudo, também há cidades maiores e outras em áreas de grandes conflitos fundiários, tais como: Pacajá, Vitória do Xingu e Anapu no Pará. Na lista também há cidades bastante pobres, como as do norte do Maranhão e outras ao longo de rios no Amazonas. Ademais, por ironia do destino, a última colocada leva um dos nomes mais conhecidos na política: Presidente Sarney/MA. 

Muitas dessas cidades têm índices que correspondem a apenas 46% do índice das melhores cidades, o que revela um verdadeiro abismo em termos de bem-estar da população. Para enquadrar as cidades no que se refere ao bem-estar, utilizou-se o critério: entre 0,600 e 0,500 (ruim) e inferior a 0,500 (muito ruim), conforme o Observatório das Metrópoles (2016).

Entre os critérios avaliados, o pior refere-se a infraestrutura urbana, ou seja, a presença de iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros, o que dificulta as condições de circulação e facilita as chances de adquirir doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado.


4. Conclusão

Diante dos dados sobre bem-estar urbano, podemos afirmar que há vários "Brasis" dentro do Brasil, devido as grandes desigualdades sociais no país. É indispensável que os governos locais reduzam tais contrastes sociais, através da implementação de diversas políticas públicas e do combate a corrupção, de modo a oferecer melhores condições de vida a população.


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

  2. Com todo respeito, sua pesquisa é solta, vaga e pontual. É evidente que cidades minúsculas tem raríssimos problemas de mobilidade urbana, saneamento ou moradia. Mas você omite a ausência de uma gama de serviços que essa população não dispõe e que precisa se deslocar para para obtê-los em centros maiores nas áreas de saúde, educação, lazer e empregos. Nas cidades pequenas ou você é servidor da prefeitura ou vai ter que abrir comércio e mesmo assim só se for de comida. São alguns contrapontos ao seu estudo. Pra mim as melhores cidades para se viver são as maiores, especialmente a maior delas, São Paulo. Se ela tem inúmeros problemas são decorrentes da má distribuição de renda e da corrupção, mas se houver vontade e capacidade para resolvê-los ela consegue num instalar de dedos. São Paulo é uma cidade conectada com o mundo e possui todos os serviços para se viver bem. O que você não encontrar em São Paulo não encontrará em lugar nenhum. Outra coisa: com dinheiro no bolso você vive bem em qualquer lugar, seja em São Paulo seja em Serra da Saudade.

    ResponderExcluir
  3. Oi Douglas, tudo bem? Amigo, eu não fiz essa pesquisa. Lembre-se, a pesquisa é do Observatório das Metrópoles, que reúne um esforço coletivo de vários pesquisadores de todas as universidade federais brasileiras, ou seja, a escolha das variáveis foram feitas por pesquisadores, não por mim. Concordo que há carência de alguns dados, porém os que se referiu: emprego, lazer e saúde não estão compatíveis para serem trabalhados, por isso os pesquisadores elegeram as VARIÁVEIS mais importantes para calcular o índice, tudo com base nas pesquisas do IBGE. Detalhe, você citou São Paulo e as outras cidades grandes, mas todas possuem maiores ou menores problemas de infraestrutura, então é óbvio que as cidades menores e de porte médio vão se destacar. O objetivo do estudo é comparar todas as cidades, mas no próprio site você consegue baixar os dados somente das grandes cidades.

    Lembre-se que as cidades grandes não são somente o centro (onde normalmente as condições de vida tendem a ser melhores), o que muitas das vezes distorce a realidade do todo. Ademais, os dados escolhidos pelas instituições são os mais relevantes e compatíveis, por isso a pesquisa não é solta, nem vaga e muito menos pontual. O estudo completo está descrito no link e o que eu fiz foi somente selecionar as 30 melhores e 30 piores.

    ResponderExcluir