sábado, 28 de dezembro de 2019

De onde vêm os turistas estrangeiros para o Pará?





Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Emails: henrique.ufpa@hotmail.com
gusmao.geotecnologias@gmail.com




#De onde vêm os turistas estrangeiros para o Estado do Pará?

O Estado do Pará está localizado na Região Norte do Brasil e é conhecido pelas suas belezas naturais, gastronomia, história e religiosidade. Por causa da sua exuberância natural e também capacidade de realizar bons negócios, milhares de turistas estrangeiros (28.720) são atraídos anualmente, mas de onde eles vêm?

Conforme os dados do Anuário Estatístico de Turismo 2019 - ao base 2018, a maioria dos turistas estrangeiros que visitaram o Pará eram franceses (6.783), seguido por surinamenses (5.420), estadunidenses (4.815) e portugueses (3.107), totalizando 70% do total, visto na figura abaixo:



Fonte dos dados: Ministério do Turismo (2018)
Elaborador: Luiz Henrique Gusmão
É PROIBIDO A CÓPIA TOTAL OU PARCIAL DESSE PRODUTO. ENTRE EM CONTATO


A figura acima mostra a grande aglomeração de emissores do continente europeu, em ordem: França (24%), Portugal (11%), Itália (6%), Alemanha (5%), Holanda (4%) e Bélgica (3%). 

É interessante visualizar que apenas o Suriname está entre os principais emissores de turistas da América do Sul para o Pará. Nenhum outro país próximo se destaca, assim como nenhum do continente africano, asiático, nem a Austrália ou Nova Zelândia, muito em decorrência da distância, do custo ou do marketing turístico ineficaz.

Por outro lado, os EUA, país relativamente próximo, são um importante emissor de turistas (2°) para o Pará com 17% do total, a frente de países como Argentina (16°), Colômbia (19°), Chile (27°), México (30°) e Uruguai (33°).

Quando avaliamos o total de turistas por continente, o contraste é imenso: Europa (17.104), América do Sul (6.046), América do Norte (4.948), Ásia (306), América Central e Caribe (93), Oceania (36) África (48), ou seja, quase 60% dos turistas que chegam ao Estado do Pará são europeus, visto na figura abaixo:


Fonte dos dados: Ministério do Turismo (2018)
Elaborador: Luiz Henrique Gusmão
É PROIBIDO A CÓPIA TOTAL OU PARCIAL DESSE PRODUTO. ENTRE EM CONTATO



*Então, você gostou da figura acima? Tem interesse em representar os seus dados da pesquisa em mapas ou figuras explicativas?! Entre em contato e nós faremos um figura de grande impacto visual e crítico para favorecer a sua pesquisa!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

MAGRIT: Aplicação Online de Mapas



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#MAGRIT: Aplicação Online de Mapas

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DO MAGRIT? Acho difícil, primeiro porque não se trata de um software, mas de uma plataforma digital de fazer "mapas". Com o uso dele é possível gerar "mapas" simples, na verdade cartogramas ou figuras temáticas.

É uma aplicação muito semelhante ao Software Philcarto, no entanto é um dispositivo online que você pode fazer seus "mapas" e figuras sem realizar o download. Através do Magrit, você consegue importar shapefiles com os dados embutidos na tabela de atributos para confeccionar os seus produtos.

É um dispositivo de Cartografia Temática com os principais métodos: Coroplético, círculos proporcionais, círculos proporcionais com coroplético, isoplético, etc, inclusive anamorfose!



Figura 1. Interface do dispositivo online Magrit!
Fonte: MAGRIT (2019)


O dispositivo está em inglês, todavia é bastante intuitivo. Não é difícil compreender como funciona a sua interface, assim como carregar os dados para gerar os produtos. 

O dispositivo pode ser extensamente usado para o ensino de Cartografia Temática e para produção de figuras temáticas simples. Não espere realizar procedimentos refinados de geoprocessamento ou análises muito complexas, esse não é o objetivo dele!.

Contudo, o objetivo do dispositivo é trabalhar com estatísticas para gerar "mapas" e figuras temáticas. O mais interessante dele é o rápido processamento e a não necessidade de instalação. Se você tem interesse, veja o tutorial aqui: Magrit Tutorial.

Abaixo selecionamos alguns produtos que o Magrit é capaz de produzir.


Fonte: Magrit (2019)

Fonte: Magrit (2019)

E aí? o que você achou dessa aplicação online? Já conhecia? Fale a verdade! rsrs. Eu conheci há poucos dias também. Boa sorte na sua aprendizagem e use bastante, já que é gratuito.


domingo, 15 de dezembro de 2019

Mapas Exploratórios: Análise de Dados




Luiz Henrique Almeida Gusmão
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
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#Mapas Exploratórios: Análise de Dados


Arte: Luiz Henrique A. Gusmão

Frequentemente muitos profissionais buscam representar dados mapas. As vezes, é necessário que todos os dados estejam presentes no mapa para entendermos o contexto sobre aquele assunto, mas também podemos ver uma simplificação ou síntese deles.


Esse debate está relacionado a duas ideias: "mapas para ler" e "mapas para ver". Embora sempre se veja um mapa, o termo "mapa para ler" significa que você ficará mais tempo lendo todos os códigos e informações do material para poder compreender o significado. Na maioria das vezes há um volume muito grande de dados no produto final.


Esse tipo de mapa é essencial, principalmente para compor relatórios de EIA/RIMA ou zoneamento ambiental por exemplo, todavia muitos profissionais querem expressar com maior fluidez uma mensagem através de um mapa e aí entra o "mapa para ver".

O "mapa para ver" está relacionado a compreensão quase instantânea da mensagem, ou seja, você compreenderá mais rapidamente o significado que o mapa quer passar. Normalmente a quantidade de informações é menor.


Embora simples, dependendo da quantidade de dados que você dispõe, a tarefa de transmitir uma mensagem direta pode parecer difícil. Nesse sentido, não é interessante destacar dezenas de dados em forma de pontos, linhas e polígonos, mas filtrar as informações mais relevantes.

As vezes para alcançar um "mapa para ver" é necessário realizar algum processamento estatístico. Na concepção do geógrafo Eduardo Girardi, o mapa exploratório pode servir para testar hipóteses, ver rupturas, padrões e tendências no espaço (GIRARDI, 2016). Por isso a relevância da simplificação ou generalização da informação a fim de facilitar a comunicação entre o mapa ou a figura com o público.


Os mapas exploratórios requerem processamento para que sejam confeccionados e podem ser enquadrados como "mapas para ver". Abaixo vamos destacar dois exemplos para compreendermos.



Caso 1: Principais áreas turísticas naturais da cidade de Salinópolis, localizado no Pará

Com a posse de uma tabela (Figura 1) que destaca a pontuação de atratividade dos lugares turísticos naturais de Salinópolis, queremos criar uma figura que sintetize as principais áreas.



Figura 1. Organização dos dados dos pontos turísticos naturais por área do município de Salinópolis
Fonte dos dados: PARATUR (2011)
Elaboração e adaptação: LUIZ HENRIQUE ALMEIDA GUSMÃO


Como o município de Salinópolis é muito grande, selecionamos apenas a parte urbana (Filtro 1). Há 13 pontos turísticos na cidade, porém iremos agregá-los conforme a proximidade geográfica (Filtro 2) e a atratividade turística (Filtro 3) estabelecida pela PARATUR/PA. O resultado vemos na figura abaixo com o fundo do Google Earth.



Figura 2. Grau de atratividade turística natural de Salinópolis/PA
Fonte dos dados: PARATUR (2011)
Elaboração: LUIZ HENRIQUE ALMEIDA GUSMÃO
PROIBIDO A CÓPIA PARCIAL OU TOTAL DESSA FIGURA


A figura é bem objetiva, identificando a ilha do Atalaia como a principal área turística natural de Salinópolis, seguida pelo centro da cidade, as Ilhas no Oceano, o Maçarico, o Cuiarana e a Rodovia. Para chegarmos nesse produto, somamos os valores de atratividade de cada ponto turístico (natural) por trecho. 

Logo em seguida, destacamos em "maior", "médio" e "menor", de acordo com o total. As vezes pode ser conveniente retirar os valores, dependendo do interesse e conhecimento do seu público-alvo.



Caso 2: Índice de Desenvolvimento Humano e Taxa de Homicídios por unidade da federação do Brasil

No segundo exemplo, queremos destacar o índice de desenvolvimento humano com a taxa de homicídios por UF do Brasil. Para isso iremos utilizar os mesmos critérios do PNUD - IDHM (2017)0-0,499 (muito baixo), 0,500-0,599 (baixo), 0,600-0,699 (médio), 0,700-0,799 (alto) e 0,800-1 (muito alto).


Já para a taxa de homicídios (por 100 mil habitantes), levaremos em consideração os dados do Atlas da Violência (2019) com dados de 2017, com os seguintes intervalos: máximo (>60), muito alto (50-59), alto (49-41), médio (38-30), baixo (29-20) e muito baixo (20-10). 


Nesse sentido, agruparemos as unidades da federação em tipos conforme a associação entre desenvolvimento humano e homicídio, através de uma média aritmética, cujos intervalos possuem os seguintes pesos.


Figura 3. Organização dos dados do IDH e da taxa de homicídios
Fonte: Classificação do IDH (PNUD); Classificação da taxa de homicídio (Autor, 2019)


Dessa forma, quanto maior o "peso" final, melhor será a condição da UF e vice-versa. Em outras palavras, quanto mais próximo da classe A (melhor o desenvolvimento humano e menor a chance de ir à óbito) e quanto mais próximo da classe F (pior a condição de vida 
e maior a chance de ir à óbito).

Em alguns casos, as UFs podem ter o IDH médio, no entanto a taxa de homicídio muito baixa ou baixa favorece a melhor condição de vida.  Grande parte das UFs teve um posicionamento diferenciado em decorrência da taxa de homicídio, já que a maioria possui IDH considerado alto. As classes foram divididas entre A e G, de acordo com a pontuação (Mapa 1).



Mapa 1. Estágio de Desenvolvimento Humano e homicídio (2017)
Fonte dos dados: IPEA e PNUD/ONU (2017)
Elaboração: LUIZ HENRIQUE ALMEIDA GUSMÃO
PROIBIDO A CÓPIA PARCIAL OU TOTAL DESSE MAPA


O mapa acima retrata as unidades da federação do Brasil conforme a qualidade de vida, que aqui ocorreu através da associação entre IDH e Taxa de homicídios para o ano de 2017. 

Os estados de São Paulo e Santa Catarina possuem as melhores condições nesses quesitos, cujo IDH é muito alto e a taxa de homicídio é considerado muito baixa (no panorama do Brasil).

Logo em seguida, nas classes B e C, destacam-se: RS, PR, MS, MG, DF e PI. O Piauí, apesar do IDH médio, possui taxa de homicídio muito baixa. Na classe intermediária (D), destacam-se: RO, MT, TO, RJ, ES e PB. 

Na classe E, destacam-se alguns estados da Amazônia, MA, BA e GO. Já nas classes mais baixas, os estados considerados com os piores índices de desenvolvimento humano com as maiores taxas de homicídio: PE, SE, RN, AL, CE, PA e AC.

Embora seja necessário ler cada classe para compreender todo o contexto, é rápido quando associamos as UFs em cores. É sempre bom lembrar que os mapas devem nos levar a novos questionamentos para pensarmos em novas ideias, buscando gerar conhecimento a respeito daquela temática.

Então, gostou do conteúdo? Você costuma interpretar os seus dados para extrair o máximo de informação ou gerar conhecimento? Compartilhe conosco a sua experiência!


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Veja o Planeta Terra a Noite!




Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Veja o Planeta Terra a Noite!

Imagine a possibilidade de visualizar o planeta Terra por inteiro a noite. Através de uma simulação foi possível confeccionar um mapa-múndi de noite - presente no Projeto Night Earth -. Veja o resultado abaixo:


Figura 1. Mapa-múndi a noite
Fonte: NASA (2012)
Elaboração: Luiz Henrique A. Gusmão (2019)


Na imagem vemos claramente a discrepância do uso de energia, cujas áreas mais luminosas são: Europa, América do Norte, Extremo Oriente e Sul da Ásia. Já as partes mais escuras, destacam-se áreas com baixíssimas densidades demográficas (Patagônia, Amazônia, Saara, Himalaia, Norte do Canadá, etc).

De forma mais detalhada, as áreas mais iluminadas das Américas são: Nordeste dos EUA, Costa oeste dos EUA, arredores da Cidade do México, de Buenos Aires, de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

Na Europa: países da porção ocidental, norte e sul da Escandinávia e arredores de Moscou. Já na África são: arredores de Joanesburgo, Sul da costa ocidental, extremo norte do continente e arredores de Cairo.

Na Ásia: Japão, Coréia do Sul, leste da China, sul do sudeste asiático, sul e norte da Índia, arredores de Abu Dabhi, de Riad, de Dubai e de Istambul. Por último, na Oceania são: arredores das principais cidades australianas (Sydney, Perth, Camberra, Melbourne, etc).

Aqui em baixo estão algumas figuras que destacam cidades brasileiras a noite. É possível ver o contraste entre elas, o que reflete o tamanho de cada uma e o grau de luminosidade emitida, confira:

[As figuras não estão na mesma escala]









Então, o que você achou do conteúdo? Já conhecia? O que você achou da plataforma?


segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Violência contra jovens por COR no Brasil



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Violência contra negros, pardos e brancos no Brasil

Segundo dados do IBGE (2017) referentes a taxa de homicídio de jovens entre 15 e 29 anos por cor, um jovem negro ou pardo possui quase 3 vezes mais chances de sofrer homicídio do que um jovem branco, como podemos ver no infrográfico abaixo:


Elaborador: LUIZ HENRIQUE ALMEIDA GUSMÃO
Fonte dos dados: IBGE (2017)
É PROIBIDO COPIAR PARTE OU TODO O MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO


Para compreender melhor o infográfico, a cada 100 mil jovens negros ou pardos, 98 foram mortos, e a cada 100 mil jovens brancos, 34 foram mortos. A diferença é enorme e destaca que as principais vítimas de homicídio no Brasil são pardos ou negros.

Há duas visões sobre a maior taxa de homicídio de pardo/negro. Para alguns, isso está relacionado ao racismo estrutural, cujas vítimas de homicídio morreriam apenas por serem negras ou pardas (IPEA, 2017).

Outra visão está relacionada ao fato de mais negros/pardos morrerem por causa do seu maior grau de vulnerabilidade social e condição socioeconômica predominantemente inferior à de brancos (IPEA, 2017). Sabemos que não há uma resposta para explicar a complexidade disto, porém é necessário mudar esse cenário de maior violência contra pessoas de cor negra e parda.

Para o IPEA (2017, p. 7): "[...] a condição de vulnerabilidade socioeconômica dos afrodescendentes, por sua vez, seria resultado de uma persistência na transmissão intergeracional de baixo capital humano, que segue até os dias de hoje, como consequência das condições iniciais de abandono, a que a população negra foi relegada logo após a abolição da escravatura".

Nesse sentido, acreditamos que a escravidão foi algo deplorável com cicatrizes profundas na sociedade brasileira e ainda marca a vida de milhões de pessoas. Essas marcas ainda dificultam o acesso à vários direitos básicos, especialmente naquelas localidades mais remotas e marginalizadas. No entanto, o racismo ainda é evidente na sociedade brasileira atual, até mesmo em cidades cujas taxas de escolarização e acesso à informação são altas, o que reflete forte preconceito e discriminação.

Muitos governos vêm tentando minimizar esse descompasso através de políticas de compensação, assim como alguns segmentos da sociedade, ao trazer maior representatividade do movimento negro/pardo. Muitos direitos e avanços foram conquistados, mas ainda estão no começo.

Embora o infográfico acima retrate apenas o ano de 2017, muitas estatísticas oficiais anteriores já evidenciavam taxas de homicídio de negros e pardos sempre maiores, com forte contraste em todas as unidades da federação do Brasil.

Você consegue acessar outros dados oficiais sobre violência racial, ou por cor, como preferimos chamar, aqui: Mapa da Violência - 2019.




#Referências

IPEA. Democracia Racial e Homicídios de Jovens Negros na Cidade Partida, 2017. Disponível em: IPEA - 2017.

IBGE, 2017. Disponível em: IBGE Notícias. 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Quantos anos os brasileiros viviam desde 1890?



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Quantos anos os brasileiros viviam desde 1890?

A expectativa de vida é uma das principais formas de avaliar a saúde de uma população a nível mundial. Essa métrica consegue capturar a mortalidade ao longo de toda uma vida. Dessa forma, a partir dos dados do World Bank e UN Population Division, compilados no site do Our World in Data, foi possível realizar uma breve análise no intervalo de 129 anos.

*Os dados apresentados aqui tratam-se de médias de todo o território.



Arte: Luiz Henrique Gusmão 


As chances do brasileiro viver mais aumentou conforme o tempo, devido ao avanço da medicina e a democratização do sistema de saúde. Em 1890, o brasileiro vivia em média até os 29 anos!, ou seja, não passava da juventude. Já em 2019, a expectativa brasileira atingiu os 76 anos. Hoje vivemos 47 anos a mais do que em 1890, visto na figura abaixo:




Quando realizamos comparações, percebemos o quanto a vida do brasileiro melhorou ao longo do tempo. A melhoria mais significativa ocorreu entre as décadas de 1940 e 1960, quando a expectativa cresceu 17 anos. Merece destaque também os períodos entre 1960 e 1980 com crescimento de 9 anos e entre 1980 e 2000, com melhoria de 7 anos. 

Por outro lado, na virada do século XIX para o XX, as melhorias foram muito fracas, com aumento de 5 anos entre 1920 e 1940, e de apenas 3 anos entre 1890 e 1920!, visto na figura abaixo:






Ao comparar como os brasileiros viviam em relação aos países vizinhos em 1950, percebe-se a condição de vida baixa (50 anos), atrás de vários países na época, com destaque para Uruguai (66 anos), Paraguai (63 anos) e Argentina (61 anos), visto na figura abaixo:


Fonte: World Bank e Our World in Data (1950-2019)
*PROIBIDO A CÓPIA PARCIAL OU TOTAL DO MAPA


No período analisado, é possível ver a melhoria na esperança de vida em todos os países. Hoje quem vive melhor são os chilenos (80 anos), uruguaios (78 anos), colombianos e equatorianos (77 anos) e, argentinos, peruanos e brasileiros (76 anos). Já os que vivem menos são: guianenses (70 anos), bolivianos e surinamenses (71 anos).

Entre 1950 e 2019, a expectativa brasileira aumentou 26 anos, igual a do Chile, mas o maior aumento foi na Bolívia (31 anos). Como os valores acima retratam as médias, ocultam-se as discrepâncias dentro dos países, então há brasileiros que vivem muito mais que 76 anos, assim como o inverso.

Então, você gostou do material? Tem interesse em infografia para seu trabalho acadêmico? Pode ser um mapa, uma figura ou gráfico. Estamos dispostos a ajudar você!