segunda-feira, 21 de março de 2022

Ucrânia: dispersão de refugiados pela Europa


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com



#Ucrânia: dispersão de refugiados pela Europa

A Ucrânia, país localizado no Leste da Europa, passa por uma guerra com a Rússia. Desde o início desse confronto, milhões de refugiados têm ido em direção aos países vizinhos. Mas, qual deles têm abrigado essas pessoas (principalmente crianças e mulheres)?

A partir dos dados da ACNUR (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), confeccionamos um mapa para evidenciar a dispersão pelos países europeus. Os dados se referem até o dia 18/03/2022, cuja atualização pela ACNUR é constante. O mapa abaixo é uma amostra de trabalho, cheio de marcas d' água; caso queira limpo, por favor, entrar em contato. É proibido o seu uso.

O mapa destaca o maior fluxo em direção à Polônia (1,9 milhão), quase 60% do total. Em sequência vêm: Romênia (508 mil), Moldávia (355 mil), Hungria (291 mil), Eslováquia (234 mil). Por fim, vem Rússia (184 mil) e Belarus (2,1 mil). No total, cerca de 3,2 milhões de pessoas saíram do país. Contudo, esse número muda drasticamente conforme a intensificação da guerra.



*Amostra de trabalho. Entrar em contato para ter acesso ao mapa
Elaborador: Msc. Luiz Henrique Gusmão. Fonte: ACNUR (até 18/03/2022)

Matérias de jornais têm publicado sobre o fluxo em direção a outros países não listados acima, como Alemanha e Grã-Bretanha, porém o ponto inicial tem sido sobretudo a Polônia. A fuga dos campos de guerra tem sido por trens, de carro e até à pé, cuja travessia demora vários dias até as fronteiras.

Do ponto de vista técnico do mapa, foi utilizado o método "linhas proporcionais", cuja cada seta indica a intensidade do fluxo de refugiados. O produto foi feito no software QGIS e pode ser adquirido; basta entrar em contato.



sábado, 19 de março de 2022

Distribuição do Rebanho Bovino no estado do Pará (1974-2020)


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com



#Rebanho Bovino no estado do Pará (1974-2020)

O estado do Pará tem o 3° maior rebanho bovino do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e de Goiás (IBGE, 2020). 

No ano de 1974, o Pará tinha apenas 1,3 milhão de cabeças e ocupava a 15° colocação entre todos os estados brasileiros, com significativas mudanças ao longo das décadas posteriores. A partir da série histórica do IBGE é possível visualizar a trajetória da quantidade de bovinos; e nesse caso, escolhemos o estado do Pará.


Figura 1. Rebanho bovino no estado do Pará, desde 1974

Fonte: IBGE série histórica (1974-2020)
Autoria própria

Até os anos de 1980, o rebanho bovino era pouco maior que 2 milhões de cabeças. Nos anos de 1990 passou de 6 milhões, e, nos anos 2000 atingiu 10 milhões.

No ano de 2010 já era maior que 17 milhões e em 2020 alcançou o maior valor registrado, cerca de 22,2 milhões!

O crescimento do rebanho bovino entre 1974 e 2020 no Pará foi de 1.607,6% ou de 20,9 milhões. De modo geral, a expansão foi quase sempre crescente, apenas com leve redução entre 2004 e 2007, mas com recuperação nos anos seguintes.

Toda essa dinâmica foi desigual no espaço paraense ao longo das décadas, onde as expansões mais expressivas ocorreram nas seguintes microrregiões: São Félix do Xingu (+3.790%), Tucuruí (+1.253%), Parauapebas (+946%), Itaituba (+915%) e Marabá (+894%), visto na Tabela 1. A maior parte delas se localizam na mesorregião Sudeste Paraense.


Tabela 1. Rebanho bovino no estado do Pará entre 1990 e 2020


No sentido inverso, apenas quatro microrregiões tiveram redução: Belém (-65%), Arari (-60%), Portel (-48%) e Furo de Breves (-14%), predominantemente na região do Marajó. Em relação a menor quantidade de bovinos, para o ano de 2020, estava nas microrregiões: Furo de Breves (5.133) e Belém (3.522).

É importante notar, entre aqueles com valores mais elevados, a importância de São Félix do Xingu com mais de 3 milhões de cabeças, seguida por Altamira (2,6 milhões), Tucuruí (2,3 milhões) e Redenção (2,2 milhões), alcançando 50,4% do total para o ano de 2020.

Esse aumento é acompanhado da expansão das pastagens no Pará. Conforme os dados da plataforma Mapbiomas, no ano de 1985, cerca de 6,4 milhões de hectares do território paraense eram cobertos por pastagens. Já no ano de 2020, esse valor passou para 21,4 milhões de hectares. Ou seja, em 35 anos, cerca de 15 milhões de hectares viraram pasto no Pará (+234,3%). 


Figura 2. Área de pastagem no estado do Pará em 1985 e 2020

Fonte: Mapbiomas (1985 e 2020)
Autoria própria

Em outras palavras, florestas e outras coberturas vegetais estão sendo convertidas em pastos, especialmente no Sudeste e Sudoeste Paraense, com finalidade de atender os mercados com oferta de carne e derivados. Portanto, o Pará é hoje, um dos principais fornecedores de carne para o Brasil e o mundo, cuja exportação se dá sobretudo pelo Porto de Vila do Conde, em Barcarena.