sábado, 25 de dezembro de 2021

Anuários Estatísticos do Brasil (2020-1)


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com



#Anuários Estatísticos do Brasil (2020-1).

Um Anuário Estatístico é uma publicação com registros de dados sobre algum tema, como educação, turismo, segurança pública, entre outros. Diversos materiais são atualizados anualmente por instituições públicas e privados. 

Para pesquisadores em formação (mestrando e doutorandos) e aqueles atuantes na área da ciência e tecnologia, o uso desse tipo de material é indispensável na elaboração e publicação de artigos em periódicos e revistas.

Aqui, iremos compartilhar uma série de anuários estatísticos de 2020/2021 sobre temas variados do Brasil. O nosso objetivo é compilar uma série desses materiais a fim de facilitar o acesso por estudantes e pesquisadores.











segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Bacia Hidrográfica do Tietê: 35 anos de agricultura


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
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#Bacia Hidrográfica do Tietê: 35 anos de agricultura

A bacia hidrográfica do Tietê, localizada no estado de São Paulo, é constituída por 7 microbacias: Peixes, Aguapeí, PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Médio Tietê, Baixo Tietê, Alto Tietê e São José dos Dourados (IBGE, 2021). 

A partir dos dados do projeto Mapbiomas, espacializamos a área de agricultura para toda bacia, do ano de 1985 até 2020, a partir de um GIF animado.


Figura 1. Bacia hidrográfica do Tietê/SP - Área de agricultura entre 1985 e 2020


Em 35 anos é possível visualizar o avanço significativo da agricultura sobre a bacia hidrográfica do Tietê, principalmente nas redondezas das cidades de Penápolis, Jaú, Bauru, Piracicaba e Rio Claro. É no noroeste da bacia onde a agricultura mais expandiu, em detrimento das adjacências de São Paulo e Campinas (à sudeste).

O crescimento da agricultura se deu a partir da conversão de pastos, florestas, vegetações típicas do bioma Cerrado e de outras áreas naturais. A partir do mapa animado acima, você pode solicitar produtos iguais a esse de qualquer bacia hidrográfica de São Paulo e do Brasil.

Entre os tipos de uso e cobertura do solo disponíveis, estão:

a) Florestas (Formação Florestal, Savânica, Mangue e Restinga arborizada)

b) Formação Natural não Florestal

c) Pastagens

d) Agricultura

e) Praias e Dunas

f) Área urbanizada

g) Mineração


Em breve estará disponível também um treinamento específico para elaboração desse tipo de mapa animado. Esses produtos cartográficos podem ser usados em defesas de mestrado, doutorado ou apresentações em geral.

É altamente recomendável usá-los, pois deixa o seu público mais interessado no assunto, além de impressionar a banca e os seus espectadores. Com o número grande de mapas organizados dessa forma, fica mais fácil identificar padrões espaciais e verificar mudanças ao longo do tempo e do espaço. Então, vamos aprender?



domingo, 5 de dezembro de 2021

Indicadores Sociais do Brasil - 2021


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Indicadores Sociais do Brasil - 2021

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou o material: "Síntese dos Indicadores Sociais, uma análise das condições de vida da população brasileira, 2021". Já os dados brutos se encontram no link ao lado: Indicadores Sociais (Dados tabulares).

Trata-se de um material incrível com vários indicadores a respeito das condições de vida da população pré e pós-pandemia da Covid-19. Ele está estruturados nos seguintes capítulos:

a) Estrutura econômica e mercado de trabalho

b) Padrão de vida e distribuição de renda

c) Educação

d) Habitação

e) Saúde

Para aqueles pesquisadores e futuros mestrandos e doutorandos com abordagem na área social, é indispensável a leitura do material, já que reflete as atuais condições de vida da população brasileira. 

O material utilizado como referência nessa perspectiva era o Censo demográfico de 2010! Calma, o censo ainda está em andamento, porém você poderá se apropriar dos dados e análises da pesquisa publicada. 

O nível de detalhamento não é tão extenso. Contudo, é bom utilizar o material como referência na sua argumentação sobre o problema da pesquisa; objetivos específicos; ou justificativas para projetos ou artigos desenvolvidos ao longo de 2020 ou 2021.

Abaixo estão algumas tabelas, cartogramas e gráficos tirados diretamente do material. Todos são de autoria do IBGE, no qual o nosso objetivo é apenas compartilhar, sem querer crédito algum.

Fonte do cartograma: IBGE (2021)



Fonte do cartograma: IBGE (2021)


Fonte da tabela: IBGE (2021)


Então, é importante pesquisar e analisar os mais recentes indicadores sociais brasileiros para poder usá-los nos seus artigos científicos. Caso você precise espacializar indicadores sociais, entre em contato; tenho certeza que um especialista é a melhor solução para ajudar o desenvolvimento dos seus trabalhos.


terça-feira, 30 de novembro de 2021

Geoserviço WMS



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Geoserviço WMS

O WMS é uma camada de geoserviço no qual aparece uma representação visual de dados espaciais em formato de imagem. Normalmente estão no formato JPEG, PNG ou GIF, bem como em SVG. 



A INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais) provém uma série de camadas visuais de informações das mais variadas instituições de pesquisa do país, dentre elas, se destacam:

a) IBGE
b) ANA
c) CPRM
d) BNDES
e) EMBRAPA
f) MAPA
g) INPE 
h) Outros

A partir dos geoserviços espaciais disponíveis você consegue elaborar muitos mapas e usar as informações temporárias como camada complementar em suas análises.



A título de exemplo, você pode visualizar todos os aeroportos do Brasil; a produção de soja por município, entre outros. Contudo, não é possível exportar em SHP. Então, são dados com uso bem limitado, mas importantes em determinadas ocasiões. Nesse rápido tutorial para acessar WMSs você rapidamente consegue aprender a usar.

Você já conhecia esse geoserviço? Qual você mais usa no dia-a-dia?




sábado, 27 de novembro de 2021

Atlas de Saneamento do Brasil

 

Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Atlas de Saneamento do Brasil

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou no dia 24/11 o novo Atlas do Saneamento do Brasil. Trata-se de um produto com um panorama geral sobre o tema para o país, assim como uma Plataforma Geográfica Interativa.

Além dos mapas sobre a distribuição dos serviços de saneamento no país, há outros sobre a relação com doenças, meio ambiente e qualidade e eficiência de redes. Estão presentes inúmeras tabelas com variados dados organizados. Ou seja, você pode acessar informações sobre a condição dos municípios e dos estados brasileiros. 

O material está dividido nos seguintes capítulos:

a) Distribuição espacial e abrangência das redes de saneamento de água e esgoto.
b) Qualidade e eficiência das redes de saneamento
c) Saneamento básico e meio ambiente
d) Saneamento básico e saúde pública
e) Gestão dos serviços de saneamento

Para os pós-graduandos com pesquisas na área de saneamento, esse material é um verdadeiro presente! já que a edição anterior é do ano de 2011. Abaixo vamos compartilhar alguns mapas presentes nesse Atlas; todos de autoria do IBGE.

Fonte: IBGE (2021)


Fonte: IBGE (2021)


Fonte: IBGE (2021)


Fonte: IBGE (2021)




terça-feira, 9 de novembro de 2021

Bacias Hidrográficas de Belém [SHP]

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Bacias Hidrográficas de Belém [SHP]

Conforme o site da Prefeitura, o município de Belém é formado por 14 bacias hidrográficas. São elas:

a) Anani
b) Ariri
c) Aurá
d) Cajé
e) Estrada Nova
f) Mata Fome
g) Murutucum
h) Outeiro
i) Paracuri
j) Reduto
k) Tamandaré
l) Tucunduba
m) Una
n) Val-de-Cães

Juntas, elas cobrem quase todo a maior parte do território (Área central, Entroncamento, Entorno da Augusto Montenegro, Icoaraci etc) com exceção da ilha de Mosqueiro, do Outeiro e da parte norte de Icoaraci.


Figura 1. Base Cartográfica das Bacias Hidrográficas de Belém/PA

Agora é possível obter o SHP das bacias hidrográficas de Belém, uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de estudos acadêmicos. Com base no mapa oficial disponível no site da prefeitura, criamos uma base cartográfica totalmente georreferenciada. 

Essa solução permite a realização de estudos nas áreas ambiental, imobiliária, demográfica e muito mais, proporcionando uma gestão eficiente do território através das bacias hidrográficas. Imagine ter acesso a informações precisas e atualizadas, que podem impulsionar seu projeto de pesquisa, fornecendo dados confiáveis para embasar suas análises e tomadas de decisão. 

Com o SHP em mãos, você economiza tempo. E o melhor de tudo é que essa poderosa ferramenta está ao seu alcance por apenas R$350,00. Mas não se preocupe caso precise de uma quantidade maior ou até mesmo de apenas uma bacia hidrográfica específica. 

Entre em contato conosco e teremos prazer em avaliar um valor especial para atender às suas necessidades. Não deixe essa oportunidade escapar! Invista no seu sucesso acadêmico e profissional com o SHP das bacias hidrográficas. Entre em contato agora mesmo e garanta acesso a uma fonte confiável de informações que fará toda a diferença em seus estudos e projetos.






quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Mapa do IDH - países e subregiões

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Mapa do IDH - países e subregiões


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido pelas Nações Unidas com o intuito de oferecer uma medida mais abrangente para comparar o desenvolvimento de um país ao invés de parâmetros econômicos, como o PIB ou PIB per capita.

O IDH analisa padrões gerais de saúde, educação e vida para medir o desempenho individual dos países ao redor do mundo. É um esforço para tentar compará-los. 

No site Global Data Lab você consegue visualizar o IDH por país e de qualquer sub-região (estado ou província) de cada um. Por exemplo, é possível ver o IDH dos estados brasileiros para vários anos, assim como da França, dos Estados Unidos, do Japão ou da África do Sul. Trata-se de um mapa interativo.


De maneira geral, podemos entender:

a) Tons de vermelho como IDH muito baixo e baixo;

b) Tons de laranja e amarelo como IDH médio;

c) Tons de verde claro e verde escuro como IDH alto;

d) Tons de azul escuro e muito escuro como IDH muito alto;

As regiões foram divididas em 20 zonas de desenvolvimento humano. Abaixo eu selecionei algumas regiões que chamam atenção para o grande desnível de desenvolvimento humano.


Figura 1. IDH Oriente Médio e Chifre da África (2019)

O contraste nessa parte do globo é uma das mais extremas. De um lado temos países da península arábica (Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Omã) com IDH muito elevado ou elevado; e do outro, países com IDH muito baixo e baixo como Iêmen, Somália, Sudão, Etiópia, Sudão do Sul, Eritréia, Afeganistão, Paquistão muitos outros. No continente africano ainda predominam regiões de baixo e muito baixo IDH, com exceção dos países do Norte e de algumas regiões da África do Sul.


Figura 2. IDH Europa (2019)

Na Europa há quase homogeneidade. Contudo, os mais altos índices de desenvolvimento humano estão em países escandinavos e no Norte, como Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Reino Unido, Suíça, Islândia, Irlanda, Suécia, Noruega e Finlândia. 

Vários outros países têm índices altos também, com desigualdades menores entre suas regiões, como é o caso da França, Itália, Polônia, Rep. Tcheca etc. No entanto, níveis intermediários de desenvolvimento são vistos mais na Europa Oriental, como é o caso dos países dos balcãs, Ucrânia, Moldávia, Romênia e outros.


Figura 3. IDH Centro-Sul da América do Sul (2019)

A América do Sul é conhecida por suas enormes desigualdades. No Brasil e no Peru as diferenças são bem perceptíveis, ao comparar o Centro-Sul com o Norte e Nordeste no caso do primeiro, e, o litoral com o interior no segundo. Na Colômbia a diferença também é grande. 

Em outros países a diferença é bem menor, como é o caso da Argentina, do Chile e do Uruguai, cujos padrões são os mais altos do continente. Nos outros países, o nível moderado de desenvolvimento humano é predominante, caso da Bolívia, do Paraguai, da Venezuela etc. Em algumas regiões, o IDH chega até ser baixo, caso dos países na porção Norte do continente (Guiana, Suriname e Venezuela).


Figura 4. IDH Oceania (2019)

Ao lembrar da Oceania, muitos recordam apenas da Austrália e da Nova Zelândia cujos índices de desenvolvimento humano são muito elevados, semelhantes a de outros países. Entretanto, há países com IDH baixo ou muito baixo, caso da Papua Nova Guiné, do Timor-Leste e de outras ilhas do Pacífico. 


Figura 5. IDH América Central e Noroeste da América do Sul (2019)

A América Central é composta por vários países extremamente desiguais. A prova disso está no Caribe, onde Cuba e Bahamas têm padrões altos em comparação ao Haiti ou a Jamaica, por exemplo. IDHs baixos ou medianos são comuns em países como Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Belize e Honduras. 

Uma das fronteiras mais desiguais no mundo é entre o Haiti e a República Dominicana. Até a porção Sul do México, região menos desenvolvida do país, é mais desenvolvida do que vários países citados anteriormente. Por outro lado, outros países da região em condições melhores são: Panamá e Costa Rica. 


Figura 6. IDH América do Norte e parte da América Central (2019)


Na América do Norte, EUA e Canadá gozam de desenvolvimento humano muito elevado ou elevado. Os padrões mais altos estão no Nordeste, Oeste e Norte dos EUA, tal como no Nordeste e Oeste do Canadá. Ao comparar com o México, a dissimelhança é visível, onde predomina índices moderados, e altos em algumas regiões.


Figura 7. IDH Extremo Oriente, Sul da Ásia e parte do Sudeste Asiático (2019)

Por fim, no Extremo Oriente, Japão e Coréia do Sul gozam de elevado padrão de vida em contraste com os demais países, especialmente do Sudeste Asiático. As regiões chinesas têm diferenças enormes, onde os padrões de vida são melhores naquelas do litoral em relação aos do interior. 

Em outros casos, IDHs intermediários e baixos são comuns no Camboja, Laos, Butão, Nepal, Índia, Mongólia Bangladesh, Myanmar, Nepal e Filipinas, por exemplo. É interessante perceber o melhor desenvolvimento humano da Tailândia, Malásia e do Sri Lanka em relação aos seus vizinhos. Na Índia, quase sem exceção, predomina IDHs intermediários.



sábado, 25 de setembro de 2021

5 Termos e expressões + detestados por Cartógrafos




Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
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#5 Termos e Expressões + detestados por Cartógrafos


1) "Mapinha"

É o termo mais comum de ouvir para quem é profissional da Cartografia. O seu uso está associado inicialmente a ignorância por aqueles que pedem um mapa, por imaginar um trabalho rápido ou automatizado. 

Em muitos casos, trata-se de uma estratégia consciente ou inconsciente de querer pagar um valor baixo ou desmoralizar a importância do profissional diante da urgência de quem solicita. 

Em ambientes de pesquisa como universidades e instituições, é relativamente comum ouvir essa palavra por PH.D, Doutores e outros profissionais com titulação acadêmica. Na maioria das vezes são pessoas de outras áreas fora da Geografia, Eng. Cartográfica e correlatas. Contudo, há casos de professores e pesquisadores dessas áreas sem conhecimento técnico e artístico na produção de mapas que também usam essa palavra. Deprimente e decadente!

Esse termo é usado para desmerecer a produção cartográfica em prol da escrita e pesquisa, no qual o mapa é usado para evidenciar registros fundamentais do estudo. Acontece que o mapa também é pesquisa! e ainda é ciência e técnica! ou seja, tem importância igual a escrita por outros pesquisadores. Sem ele, vários achados não seriam demonstrados ou encontrados. Portanto, mapa não é igual a uma tabela ou um gráfico.

Essa nefasta palavra é acompanhada da visão limitada de um mapa como figura qualquer. A popularização da informática, dos softwares GIS e do Youtube criaram a falsa ideia, por não profissionais, da simplicidade e rapidez de se fazer um mapa; puro engano. Essa ideia concebe a Cartografia apenas como técnica e ignora o rigor científico.

Nem todo o mapa é para ver, como dizem os professores Herve Thery, Nelli Thery, Marcelo Martinelli, Rosely Archela, Eduardo Girardi e Tony Sampaio. Há mapas para ler também! Ou seja, ele não é usado apenas como recurso visual, pois precisa ser lido quando há muitas informações. A partir dele é possível verificar tendências, rupturas, desigualdades e cenários no espaço, ou seja, é um poderoso documento na pesquisa. Não o desmereça!


2) "Um mapinha simples"

É a visão ultrapassada do mapa como um produto técnico feito em 5 passos, 10 minutos, usando 3 ferramentas e alinhada a ansiedade de quem solicita. Também busca desqualificar o trabalho dos outros. Quem solicita geralmente é exigente e o volume de dados para pôr no mapa é enorme; então não é simples ou simplesinho.

Não existe mapa simples! Existem mapas com poucas informações para destacar. Também é uma expressão usada para desvalorizar o profissional e pagar pouco pela sua mão-de-obra. Simples? Procure fazer um mapa de localização destacando todos os elementos cartográficos obrigatórios em harmonia com cores e outros dados. Só para lembrar, é preciso ter beleza nele também, porque é arte. E não pode esquecer de onde os dados foram retirados e quando.

Nem o melhor tutorial do Youtube vai te permitir fazer um documento cartográfico de qualidade e com rigor técnico, porque nem tudo está na internet. Há representações cartográficas que exigem pesquisa e habilidade para fazê-las. Nem todo o mapa é de localização, mas toda localização deve existir em um mapa.


3) "Faz um mapa para deixar o artigo mais bonito"

Convenhamos que não há maldade em usar um mapa para deixar o seu artigo mais agradável. Entretanto, o perigo dessa frase é ver o mapa apenas como arte, o que ele não é somente. 

Em alguns casos, a pessoa solicita e deixa o material de enfeite no estudo. Não pode fazer isso! É preciso discuti-lo, analisá-lo e fazer relações com as outras discussões presentes no seu texto. É necessário compreender o que "o mapa quer dizer"; sem isso, não há o porquê dele estar lá. O Prof. Martineli já dizia que todo mapa tem comentário, então, escreva a partir dele também.

O mapa é fonte de informações do qual é preciso analisar criticamente, sem vieses. Não é algo fácil, mas exige do nosso tempo entender o amaranhado de informações presentes nele. É possível extrair dele novas discussões e repensar metodologias do estudo por exemplo. Acredite, ele "fala".


4) "O mapa é um recurso para ver dados organizados"

Aqui também é uma visão limitada dele. O mapa não mostra dados da mesma forma que uma tabela ou gráfico. Ele é fonte de conhecimento para quem o percebe assim. Há possibilidade de analisar o espaço de modo crítico a partir daquelas informações. É preciso entendê-lo e articular com outros dados e discussões. 

A própria espacialização em um mapa nos dá uma visão diferenciada do fenômeno analisado, porque conseguimos calcular distância, ver o cruzamento de variáveis, avaliar diferenças latentes no espaço, entre outras possibilidades. Portanto, ele não mostra só dados. 

Normalmente quem pensa assim nunca leu um artigo no qual o mapa é visto dessa forma, porque poucos o enxergam dessa maneira, até mesmo entre alguns geógrafos e cartógrafos. Olha a tristeza! Contudo, é crescente o número de publicações no qual o mapa é analisado de verdade, em sua plenitude no discurso. Faça o esforço de ler e ver o mapa, com calma e reflexivo. Pode ter certeza de que existe essa relação. 

Leia a tese do Prof. Eduardo Girardi da UNESP e você verá o que estou reafirmando. A sua visão do mapa a partir da leitura da tese será outra, certeza!


5) "Mapa com cores mais alegres para temas não alegres"

Essa frase foi novidade para mim. A Cartografia é arte também. Então, devemos usar cores aderentes aos temas trabalhados. Já imaginou os oceanos e os rios na cor roxa? As florestas representadas de vermelho? Pois é, tema e cor estão associados.

Ao falar de suicídio, não espere que seja algo feliz. Portanto, deve-se usar roxo, lilás, vermelho e cores associadas. Nada de laranja, azul ou amarelo para passar uma imagem mais positiva. Isso não existe. Eu confesso que há um juízo de valor nesses casos. Mas, convenhamos, todo suicídio é ruim, assim como homicídio, guerras e outras mazelas da nossa sociedade. 

A teoria das cores já nos mostra o tipo de sentimento e emoção que cada uma passa. Então, as cores transmitem informações e sensações para os leitores. Se isso fosse mentira, tudo seria preto e branco. 

Além do mais, tudo fica mais fácil de entender quando a cor está aderente ao tema. Ao pensar em homicídio por exemplo, não espere vir a mente a cor azul ou verde, que nada lembram o sangue.


#Conclusões

Não existe mapinha, mas um produto cartográfico (ou mapa) com poucas informações que exige menos tempo para concluir, o que não significa pagamento irrisório. Por favor, ajude o profissional a continuar trabalhando na área. Não diga que é caro. Dê outra desculpa para ele/ela.

Se "mapinha" é péssimo, imagina "um mapinha simples". Por favor, não. É um mapa com poucas informações ou que para você é simples, mas o profissional precisar avaliar o tempo para concluí-lo.

Todo mapa deve ser bonito, mas por favor, não deixe ele de enfeite no seu artigo! Se está com dificuldade para argumentar, recorra ao profissional ou outros da área. Não é sua obrigação saber ler e extrair informações dos mapas, mas acredite, há muito para se comentar e discutir a partir dele.

O mapa não é igual uma tabela ou gráfico. Dê atenção ao profissional responsável pela sua confecção ou leitura do documento! Não fique restrito à sua área de atuação. O mapa não sai apenas apertando botões ou vendo vídeo no Youtube ou outra rede social.

O mapa é arte e as cores precisam conversar com o tema proposto. As cores precisam ser usadas adequadamente. O mar quase sempre será representado de azul; a floresta de verde e assim por diante. Por isso existem convenções cartográficas. Contudo, é sempre bom deixar o mapa harmônico, sem ambiguidades.

Por fim, mapa é poder, conhecimento e perspectiva diferenciada de ver a estruturação de fenômenos sociais, econômicos, ambientais e políticos. Esperamos que o veja sempre dessa forma. 

Várias outras palavras e expressões ficaram de fora, mas acredito que a lista contempla as principais. Quais outras causam revolta ou insatisfação?



quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Região Sudeste do Brasil: expansão urbana das capitais

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Região Sudeste do Brasil: expansão urbana das capitais

A Região Sudeste do país é constituída pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo cujas populações totalizam mais de 89 milhões de habitantes (IBGE, 2021). É a região mais populosa do país, a frente das outras quatro (Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste).

É onde se encontram as maiores aglomerações populacionais do país, com destaque para São Paulo/SP (12,3 milhões), Rio de Janeiro/RJ (6,7 milhões) e Belo Horizonte/MG (2,5 milhões). Apenas a cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, não é uma metrópole, cuja população é de 369 mil habitantes (IBGE, 2021). 

Mas afinal, o quanto as capitais dos estados do Sudeste cresceram ao longo das últimas décadas? mais especificamente entre 1985 e 2020?, já que a população reside principalmente nas áreas urbanas.

Com base nos mapas de uso e cobertura da terra do Brasil oriundos do Projeto Mapbiomas, uma série de cartogramas animados foram confeccionados para visualizarmos e discutirmos as mudanças entre 1985 e 2020.


# Rio de Janeiro/RJ

Em pouco mais de três décadas, a expansão urbana foi significativa nas áreas periféricas da Zona Oeste e Sul da cidade. Locais como Santa Cruz, Paciência, Bangu, Campo Grande e Guaratiba foram aqueles com perdas consideráveis de áreas agropecuárias e, em menor escala, florestas.

Na região Central e no Norte da cidade, as mudanças foram mais tímidas, já que eram áreas de ocupação humana mais antigas.

A zona Sul da cidade também teve dinâmica de uso mais tímida se compararmos com a zona Oeste. Contudo, é notório a perda de cobertura vegetal em bairros como Jacarepaguá e Vargem Grande, por exemplo.

A área urbana do Rio de Janeiro passou de 53.200 ha para 66.824 ha, crescendo 25,60% em 35 anos.





# São Paulo/SP

Em 35 anos, a expansão urbana ocorreu sobretudo na região Norte e Leste da cidade com amplos desmatamentos. A região de Anhanguera, Jaraguá, Brasilândia, Perus, Limão, Casa Verde, Santana, Vila Guilherme, Mandaqui, Tucuruvi e Pirituba, no Norte, foram aquelas com maiores perdas de vegetação.

Na zona Leste não foi muito diferente, onde as regiões de São Mateus, São Rafael, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaquera, Iguatemi e outras também tiveram reduções consideráveis de vegetação. 

Na zona central de São Paulo, a área urbana já estava consolidada desde 1985, o que indica processos de ocupação mais remotos e reflete diretamente no maior adensamento populacional.

Na zona Sul, o avanço da cidade ocorreu especialmente ao longo dos rios e represas dos distritos de Parelheiros, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Santo Amaro, M' Boi Mirim e outros.

Por outro lado, as regiões do extremo sul e norte da capital paulista são aquelas com maior massa florestal, onde a ocupação humana é rarefeita. A área urbana de São Paulo aumentou de 80.879 ha para 91.709 ha, ou 13,4% entre 1985 e 2020, inferior ao Rio de Janeiro.






# Belo Horizonte/MG

Na capital de Minas Gerais, a área urbana se espraiou com maior força na zona Norte, Nordeste e em Venda Nova, de forma oposta as demais regiões, onde a ocupação já era consolidada. 

No intervalo de 35 anos, grandes extensões de florestas e outras vegetações típicas da cidade prevaleceram no extremo sul (Barreiros) e leste (regiões Centro-Sul e Leste) da cidade, condição oposta aos locais mais dinâmicos da capital.

Entre 1985 e 2020, a área urbanizada passou de 24.158 ha para exatos 27.509 ha, ou seja, expansão de 13,8%, valor semelhante de São Paulo.





# Vitória/ES

Em pouco mais de três décadas, a expansão urbana foi mais acelerada na porção nordeste e norte em detrimento da área central e sul. Relativas áreas agropecuárias e de florestas sucederam ao avanço da ocupação humana por meio de habitações, comércios e pequenas indústrias.

A ocupação nas margens dos rio Santa Maria é histórica, com exceção do litoral norte, onde a densidade de vegetação nativa é enorme.

Nos últimos 35 anos, a área urbanizada de Vitória passou de 3.745 ha para 4.599 ha, ou 22,8%, valor esse apenas inferior ao da capital carioca.




#Conclusões

A área urbanizada da capital de todos os estados do Sudeste cresceu nas últimas décadas.

A cidade do Rio de Janeiro foi aquela com maior expansão urbana (25,6%), seguida por Vitória (22,8%), Belo Horizonte (13,8%) e São Paulo (13,4%).

A área urbana do Rio de Janeiro foi aquela com expansão mais pulverizada e em vários sentidos, principalmente a Oeste.

A cidade de São Paulo, por sua vez, cresceu mais na zona norte, sul e leste.

Nas quatro cidades, a área central já era bastante ocupada antes de 1985.

As maiores áreas urbanas em ordem são: São Paulo (91.709 ha), Rio de Janeiro (66.824 ha), Belo Horizonte (27.509 ha) e Vitória (4.599 ha).

A perda florestal é visível em todas as capitais, mas no Rio de Janeiro e em São Paulo, as proporções foram maiores.

Os mapas animados ou cartogramas são excelentes recursos para visualizar a expansão urbana, bem como outras temáticas como estudos de uso e cobertura da terra.

Os cartogramas animados podem ser solicitados para darem apoio em apresentações de estudo.


Fonte dos mapas: Mapbiomas


sábado, 11 de setembro de 2021

Brasil: Os estados mais e menos populosos (2021)



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Agora nós somos 213 milhões de brasileiros


O IBGE publicou em agosto os dados mais recentes sobre as estimativas da população brasileira para o ano de 2021.

Uma das informações principais é que agora nós somos 213 milhões de brasileiros distribuídos pelos 5.570 municípios das 27 unidades da federação do país.

Mas você se sabe como está distribuída a população brasileira nesse território gigante? Fizemos uma série de mapas para te mostrar onde os brasileiros vivem no Brasil.


Crédito da foto: Pixabay / Elaboração: Luiz Henrique Gusmão


# Mapas da distribuição da população brasileira

Na figura 1 nós podemos ver a distribuição da população pelas regiões brasileiras. Percebe-se que a maioria dos brasileiros vive no Sudeste e no Nordeste em comparação ao Sul, Norte e Centro-Oeste.


Figura 1. Brasil: População estimada (2021)


*Proibido o uso e compartilhamento sem autorização prévia. O produto pode ser adquirido.


Em ordem, a população das regiões brasileiras registrada em 2021 está da seguinte forma:

1° Sudeste (89,6 milhões)

2° Nordeste (57,6 milhões)

3° Sul (30,4 milhões)

4° Norte (18,9 milhões)

5° Centro-Oeste (16,7 milhões)


Só no Sudeste vive 42% dos brasileiros, seguido por 27% no Nordeste, 14,3% no Sul, 8,9% no Norte e 14,3% no Centro-Oeste.

Mas e os estados? Em ordem, os mais populosos são:

1° São Paulo (46,6 milhões)

2° Minas Gerais (21,4 milhões)

3° Rio de Janeiro (17,4 milhões)

4° Bahia (14,9 milhões)

5° Paraná (11,5 milhões)

6° Rio Grande do Sul (11,4 milhões)


A figura 2 mostra os seis mais populosos. Os três maiores do Brasil permanecem os mesmos: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; todos do Sudeste. Em seguida vem a Bahia, o Paraná e o Rio Grande do Sul. A maioria deles é litorâneo, exceto Minas Gerais.


Figura 2. Brasil: estados mais populosos (2021)

*Proibido o uso e compartilhamento sem autorização prévia. O produto pode ser adquirido.


E os menos populosos do país, quais são? Em ordem, são eles: 

27° Roraima (652,7 mil)

26° Amapá (877,6 mil)

25° Acre (906,8 mil)

24° Tocantins (1,6 milhão)

23° Rondônia (1,8 milhão)

22° Sergipe (2,3 milhões)


Na lista acima dar para notar a predominância de estados da Região Norte como os menos populosos, exceto Sergipe, localizado no Nordeste. A maioria deles também faz limite com outros países da América do Sul, com exceção do Sergipe e do Tocantins; e, a maior parte deles não é litorâneo, exceto Amapá e Sergipe. Na figura 3 nós conseguimos vê-los.


Figura 3. Brasil: estados menos populosos (2021)

*Proibido o uso e compartilhamento sem autorização prévia. O produto pode ser adquirido.

Ao comparar a figura 2 com a 3, se percebe a distância em milhares de quilômetros entre os estados mais e menos populosos. A diferença entre ambos é exorbitante.

No grupo dos estados menos populosos vive entre 2,3 milhões e 652 mil pessoas, ao passo que no grupo dos maiores reside entre 11,4 e 46,6 milhões de habitantes. Só o Rio Grande do Sul, por exemplo, tem população superior aos seis últimos da lista! o que revela a distribuição desigual no país.


#Conclusões

A população brasileira continua crescendo, apesar do menor ritmo nas últimas décadas.

42 brasileiros a cada 100 vivem na Região Sudeste.

21 brasileiros a cada 100 vivem no estado de São Paulo.

Os estados mais populosos estão situados prinicpalmente na Região Sudeste.

A maioria dos estados mais populosos são litorâneos.

Os estados menos populosos estão localizados sobretudo na Região Norte.

A maioria dos estados menos populosos não são litorâneos.

A distribuição populacional no território brasileiro é muito desigual.


#Referências

IBGE Notícias - População brasileira chega a 213,3 milhões de habitantes, estima IBGE. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2021/08/populacao-brasileira-chega-a-213-3-milhoes-de-habitantes-estima-ibge#:~:text=A%20popula%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20chegou%20a,1%C2%BA%20de%20julho%20de%202021.