segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Há florestas na Europa! Quem duvidou disso?

 

Luiz Henrique Almeida Gusmão

Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos
Banco de dados, SHPs e Kmls
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# Há florestas na Europa! Quem duvidou disso?

Anos atrás, um presidente do Brasil afirmou em coletiva de imprensa que na Europa não há florestas! especialmente nos países mais ricos como França, Alemanha, Reino Unido e outros.

A afirmação acima é muito leviana, pois não foi citado qualquer fonte para isso. Desde então, é relativamente comum algumas pessoas reproduzirem o mesmo discurso sem qualquer base. Em plena era da informação é importante realizar pesquisas antes de fazer declarações como essa, ainda mais de uma autoridade.

A partir disso recorremos ao site da Agência Espacial Europeia - Copernicus -  para destacarmos como está o uso e a cobertura da terra de países europeus. Mas por que essa fonte?. Porque a agência realiza o mapeamento desse tipo de informação do mundo desde 2015.  Portanto, é possível comparar áreas florestais, de vegetação nativa, áreas agrícolas, etc, entre os países.

Dessa forma, nosso compromisso é com a verdade através da comprovação de fatos. Não se trata de opinião, mas de dados dispostos em mapas. No site conseguimos compreender toda a metodologia de trabalho. Dessa forma, todas as informações postadas se referem ao ano de 2019.

O primeiro país é a França. Cerca de 43% do seu território é formado por florestas, sobretudo no Centro e no Sul do país. Além disso, 10% é constituído por vegetação herbácea. A maioria dos turistas vão à Paris e arredores, talvez por isso muitos não conseguem ver as "florestas e a vegetação da França". Já a área construída ocupa apenas 4,9% do país.

Figura 1. França - Uso e cobertura da terra (2019)
Fonte: Copernius (2019)


Já a Alemanha, 43% do seu território é formado por florestas, principalmente no sul e oeste. Além disso, a área construída é de apenas 8,1% do total e as áreas agrícolas quase metade (45,1%). Os arredores da capital - Berlim - são mais verdes do que os de Paris.


Figura 2. Alemanha - Uso e cobertura da terra (2019)
Fonte: Copernius (2019)


O Reino Unido é constituído de 46,8% por vegetação herbácea, seguido por 29% de áreas agrícolas, 16% por florestas e apenas 5,7% de área construída. A capital - Londres - também é cercada por extensas florestas. 


Figura 3. Reino Unido - Uso e cobertura da terra (2019)
Fonte: Copernius (2019)


A Espanha é outro país europeu com grande extensão de florestas. Elas ocupam 43% do território, sobretudo no norte. Além disso, 10% do país é formado por vegetação herbácea e 13% por outras áreas vegetais. Por outro lado, quase 1/3 dele é coberto por agricultura e apenas 2,5% por área construída. A capital Madri é cercada por áreas vegetais também.


Figura 4. Espanha - Uso e cobertura da terra (2019)
Fonte: Copernius (2019)


A Itália é outro grande país europeu. Cerca de 45% do seu território também é coberto por florestas. Com mais 9,5% de vegetação herbácea, a extensão ultrapassa 50% do país. Por outro lado, cerca de 27% é constituído por áreas agrícolas e apenas 6,7% por área construída. A capital Roma, assim como outras europeias, também é rodeada por florestas.


Figura 5. Itália - Uso e cobertura da terra (2019)
Fonte: Copernius (2019)


Como nós conseguimos visualizar nos mapas, os grandes países europeus - em números relativos - têm grandes áreas florestais e de vegetações nativas. Em alguns casos, a área ultrapassa 50% do país. Óbvio que o Brasil possui maior quantidade em termos absolutos, mas a comparação entre os países só é possível em números relativos. 

Em termos comparativos, cerca de 60,4% do território brasileiro é formado por florestas, segundo a agência espacial europeia. O percentual de alguns países europeus são próximos, como na Áustria (56,5%) e Portugal (49,4%). Em outros, é superior, como na Suécia (71,3%) e Finlândia (76,6%), sem considerar outras vegetações nativas. Portanto, é imprescindível recorrer a fontes de sites confiáveis, para não reproduzir discursos falaciosos.


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Viajando de bicicleta pelo Brasil [Mapas]

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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# Viajando de bicicleta pelo Brasil [Mapas]

O Brasil é o quinto maior país em extensão territorial do mundo. As viagens mais frequentes ocorrem por aviões, ônibus e automóveis, mas já imaginou fazer isso de bicicleta? Com base nessa curiosidade resolvemos calcular o tempo e a distância entre várias capitais estaduais brasileiras por esse meio de transporte.

O tempo foi calculado com uso do Google Maps e levando em consideração 8 horas para dormir, 2h para fazer todas as refeições e 14 horas pedalando direto, por dia. 

Óbvio que os contratempos não estão inclusos. Então se refere a uma viagem ideal. Além do mais, as rotas são feitas pelas rodovias. As distâncias e o tempo percorrido nos dão uma base da realidade.

a) Rio-São Paulo: 452 km / 1 dia e 10 horas



b) Goiânia-Brasília: 202 km / 21 horas e 14 minutos




c) Curitiba-Porto Alegre: 751 km / 2 dias e 1 hora



d) Belém-Manaus: 3.048 km / 9 dias e 6 horas


e) Salvador-Fortaleza: 1.173 km / 3 dias e 7 horas



Então, o que você achou do post? Qual das figuras acima mais te surpreendeu? Conte aqui para nós!


domingo, 25 de outubro de 2020

Mapeando linhas de ônibus para estudo de Geomarketing



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Mapeando linhas de ônibus para estudo de Geomarketing: o caso do bairro da Cidade Nova (Ananindeua, PA)

Você quer abrir ou mudar de endereço a sua empresa, mas não sabe onde? Para o seu negócio prosperar depende da circulação intensa de pessoas? 

As perguntas acima são frequentes para quem trabalha com varejo ou com algum negócio cuja movimentação de pessoas é indispensável. 

Hoje não temos como saber quantas pessoas circulam por uma rua, mas conseguimos especular quais são as mais movimentadas. Uma das formas de saber isso é identificar aquelas onde mais passam ônibus!

Sim, os ônibus. Além de transportarem centenas de pessoas por dia, eles também podem indicar onde há concentração de comércio, oferta variada de serviços e grande circulação de pessoas. Óbvio que algumas não passam ônibus, mas podem estar próximas desses locais.

Foto: Trânsito no município de Ananindeua / Crédito: Diário do Pará 

Com base nos dados dos itinerários dos ônibus presentes na plataforma Moovit - Mobilidade Urbana é possível realizar várias análises espaciais. Algumas delas são:

a) Ruas com concentração de itinerários
b) Zonas ou bairros com concentração de itinerários
c) Identificação de linhas por ruas ou trechos
d) Identificação de zonas ou trechos carentes de ônibus
e) Cálculo de distância de pontos específicos com as ruas onde passam ônibus etc. 

Como teste, vamos avaliar os itinerários de cinco linhas dentro do bairro da Cidade Nova - município de Ananindeua/PA. Nas figuras abaixo estão destacadas os trechos onde eles passam.

Figura 1. Trecho do Cidade Nova 4 Ver-o-peso

Figura 2. Trecho do Cidade Nova 5 Ver-o-peso

Figura 3. Trecho do Cidade Nova 6 P. Vargas

Figura 4. Trecho do Cidade Nova 8 P. Vargas

Figura 5. Trecho do Guajará-São Brás

Agora queremos saber quais os trechos onde mais passam ônibus. Após análise espacial dividimos o bairro em 4 áreas.

a) Vermelho (Grande circulação)
b) Laranja (Moderada circulação)
c) Amarela (Baixa circulação) 
d) Verde (Sem circulação)

O resultado nós vemos abaixo:

Figura 6. Zonas de circulação de ônibus na Cidade Nova [Amostra 5 linhas]


A figura acima destaca a parte sul do bairro como aquela de maior movimentação de ônibus e pode indicar concentração de comércio e de oferta de serviços variados. Outro trecho importante é de uma avenida central do bairro (destacado em laranja), enquanto as demais partes circulam menos ônibus.

As figuras acima são simples e servem apenas de ilustração para análises realizadas nesse projeto. Em um estudo mais completo é importante aparecer o nome das ruas, a identificação dos trechos e uma série de fotos para compreendermos melhor as informações. O que você acha de um estudo semelhante a esse para o seu negócio?

Então, gostou da análise? Imagina realizá-la para uma região ou até cidades? Há várias possibilidades de avaliar de acordo com os interesses do seu negócio.


quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Mapa da Felicidade: os países mais e menos felizes do mundo

 

Luiz Henrique Almeida Gusmão

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#Mapa da Felicidade: os países mais e menos felizes do mundo

O que é felicidade para você? Como podemos medir a felicidade de uma nação? Os habitantes de países ricos são mais felizes? 

Um estudo World Happiness Report 2020 sobre a felicidade dirigido pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (SDSN em inglês) avaliou por uma plataforma digital, a felicidade dos residentes de 153 países. Os critérios escolhidos foram baseados na percepção dos itens:

1) Renda
2) Assistência Social
3) Longevidade
4) Liberdade para fazer escolhas
5) Generosidade
6) Corrupção
7) Distopia


A partir dos dados realizamos três mapas que destacam os países mais felizes, os menos felizes e um comparativo com o Brasil.

No primeiro mapa estão as 14 nações cujos habitantes declararam serem mais felizes. A maioria deles está no continente europeu e sobretudo, na Escandinávia. Os outros países fora da Europa são: Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Israel. É interessente observar a ausência de grandes potências econômicas entre as mais felizes como: EUA, Japão e China.

A Finlândia era a nação mais feliz do mundo no ano de 2019, seguido pela Dinamarca, Suíça, Islândia e Noruega. É a terceira vez que a Finlândia está no top da lista. A longa expectativa de vida associada com estabilidade econômica e estado de paz deles justificam essas colocações. Contudo, variáveis como generosidade, alta renda, baixa percepção de corrupção e outros critérios contribuíram para maior felicidade.




Entre aqueles cujos habitantes disseram serem menos felizes, a maioria é do continente africano, sobretudo da região Subsaariana. Na lista também temos três países da Ásia e um da América. 

As nações menos felizes são: Afeganistão, Sudão do Sul, Zimbábue, Ruanda, República Centro-Africana e Tanzânia. As razões estão atribuídas à instabilidade econômica e política, à pobreza, à baixa liberdade e à alta percepção de corrupção no país. Outros critérios também foram avaliados negativamente. Alguns deles estão em estado de guerra e grave insegurança alimentar.




No último mapa ressaltamos o Brasil em relação a vários países selecionados. Entre os seus vizinhos, Argentina, Chile e Venezuela são menos felizes. Os EUA, a Alemanha e a França são mais felizes. 

Surpresa ou não, países asiáticos como China e Japão são menos felizes. Portugal e Rússia também são menos. O fato é que a renda não é suficiente para ser feliz, apesar de ser relevante.




Na análise dos mapas e dados, algumas constatações:

a) Os canadenses (10°) são mais felizes que os estadunidenses (18°).

b) Os EUA (18°) e Haiti (142°) são países próximos, mas com diferença exorbitante no quesito felicidade.

c) Brasil (32°) e Moçambique (120°) têm idioma oficial em comum, porém a felicidade é muito díspar. 

d) Entre os BRICs, os brasileiros (32°) se declararam mais felizes que russos (73°), indianos (144°), chineses (94°) e sul-africanos (109°). A diferença por sinal aqui é enorme.

e) Entre as nações mais industrializadas (G8), o Canadá (11°) é o mais feliz, seguido por Reino Unido (13°), Alemanha (17°), Estados Unidos (18°), França (23°) e Itália (30°). Os menos felizes do grupo são: Japão (62°) e Rússia (73°).

A lista completa está expressa aqui:



Então, o que você achou da postagem? Alguma surpresa? Acesse o material original para compreender a metodologia e checar outras listas do estudo.



segunda-feira, 5 de outubro de 2020

[MapBiomas] - Dados de Uso e Cobertura da Terra

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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[MapBiomas]Dados de Uso e Cobertura da Terra

Você conhece o MapBiomas? É um projeto que mapeia de modo anual o uso e a cobertura da terra do Brasil. Ou seja, nós conseguimos acessar e baixar dados para todos os municípios, regiões, biomas e outras áreas do país, de modo gratuito!

Para entender melhor como funciona a rede, acesse: MapBiomas - Projeto. O mais interessante da plataforma é que eles usam imagens Landsat de 1985 até 2019 (com 30 metros de resolução espacial) e técnicas de Machine Learning para obter essas informações.

Com a Plataforma de dados de uso e cobertura, você consegue baixar dados em formato raster e estatísticas para qualquer área do país! É interessante para quem precisa analisar algum lugar em longa série temporal.


Figura 1. Uso e cobertura da terra do Brasil (2019)
Fonte: MapBiomas (2020)


Há diferentes classificações do Uso e da Cobertura da Terra com níveis específicos de análise. A principal divisão proposta pelo Mapbiomas é: 

a) Floresta
b) Formação Natural não Florestal
c) Agropecuária
d) Área não Vegetadas
e) Corpos D'Água
e) Áreas Não Observadas.

Com a estratificação desses grupos de classes, podemos encontrar outras como: área urbana, pastagens, agricultura perene, lavoura temporária, praias e dunas etc.


Fonte: Mapbiomas


Nas figuras abaixo nós selecionamos dois municípios brasileiros (Altamira/PA e São Bernardo do Campo/SP) para ilustrar as classes no ano de 2019.

Na primeira figura conseguimos visualizar a distribuição das florestas e de áreas agropecuárias para Altamira no ano de 2019. Já a segunda figura, vemos as florestas, os corpos d' água e as áreas urbanizadas para São Bernardo do Campo.







Então, já conhecia o MapBiomas? Como os dados e a metodologia podem contribuir com o seu trabalho? Já escreveu algum artigo com os dados de lá? Compartilhe a sua experiência conosco.




quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Mapa de Marituba/PA [Grande]

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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#Mapa de Marituba/PA [Grande]

Você necessita de um mapa dos bairros de Marituba para planejar suas estratégias na cidade? Já é possível adquirir conosco. 

O produto é colorido e possui 60 por 60 cm. No mapa você consegue identificar todos os bairros, as principais avenidas, ruas e rodovias. 

Abaixo estão algumas amostras do produto.









Então, o que você achou do produto? Vamos fechar um negócio? 


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Mapas Digitais de Londrina e Maringá [KML]

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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#Bairros de Londrina e Zonas de Maringá [KML]

Você precisa visualizar os bairros e as zonas de Londrina e Maringá para o seu negócio no Google Earth? É difícil saber onde inicia e termina um bairro? Nós podemos solucionar essa sua dificuldade

Já está disponível em nosso acervo, o limite dos bairros de Londrina e das zonas de planejamento de Maringá.

Os dados estão de acordo com os limites oficiais da Prefeitura, mas atualizados para o ano de 2020.


Figura 1. Limites dos bairros de Londrina/PR

Figura 2. Detalhe dos bairros centrais de Londrina/PR


O arquivo de Maringá (zonas de planejamento) foi adaptado com base nos limites oficiais da Prefeitura e atualizados para o ano de 2020.


Figura 3. Limite das zonas de Maringá/PR


Figura 4. Detalhe da área central de Maringá/PR



Então, vamos fechar um negócio? Precisa de outra divisão? talvez da sua própria empresa.



terça-feira, 15 de setembro de 2020

Amazônia: O que mudou de 1985 para 2018?

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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#Amazônia: O que mudou de 1985 e 2018?

O Bioma Amazônia é o maior do Brasil e abrange mais oito países. É conhecido pela exuberância e diversidade da sua fauna e flora. Contudo, desde muito tempo tem sido ameaçado por atividades humanas, com destaque para a pecuária e a extração ilegal de madeira.

A partir dos dados do MAPBIOMAS criamos um GIF que enfatiza o desmatamento acumulado no Bioma Amazônia Brasileiro nas últimas décadas. Para isso selecionamos quatro anos: 1985, 1999, 2009 e 2018.


Desmatamento acumulado - Bioma Amazônia (1985-2018)


A partir da animação é possível ver o avanço do desmatamento com o passar dos anos. Entre 1985 e 2018, as áreas mais modificadas foram no: Leste do Acre, Centro-Norte de Rondônia, Norte do Mato Grosso, Sudeste do Amazonas, Nordeste e Sudeste do Pará, Norte do Tocantins e Oeste do Maranhão.

A animação apresenta muito mais do que a perda de florestas e ecossistemas naturais. Trata-se também da extinção ou redução de variadas espécies de mamíferos, aves, reptéis, primatas, insetos etc. Perda esta que nós nunca conheceremos de fato, já que várias ainda são desconhecidas.

Representa a ameaça direta aos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outras sociedades que dependem da natureza para o seu sustento. Parte significativa dessa vegetação e dos rios estão constantemente ameaçados pela contaminação - por mercúrio e outros metais pesados - com a expansão do garimpo ilegal.

Representa a emissão de poluentes - CO2, CH4 etc - para atmosfera que aceleram as mudanças climáticas. Pode representar a futura possibilidade de savanização da Amazônia - algo terrível e difícil de imaginar. Enfim, o vídeo deve nos levar a reflexão sobre a busca do famoso e nem sempre compreensível "desenvolvimento sustentável".

Para não ficarmos apenas no discurso, há formas de nós contribuirmos para a minimização do desmatamento. Aqui está uma relação, que obviamente não cabe a todos:

1) Reduzir o consumo de carne, sobretudo a bovina
2) Boicotar marcas que lucram a base do desmatamento ilegal
3) Comprar produtos à base de madeira com certificado de exploração autorizada
4) Reduzir o consumo de papel - apesar de muitos produtos terem origem da floresta plantada
5) Plantar mudas compatíveis com o ecossistema
6) Fazer dispersão autorizada de sementes em áreas degradadas ou desmatadas
7) Apoiar financeiramente reconhecidas ONGs que atuam diretamente no combate ao desmate
8) Denunciar pessoas e empresas que estão ateando fogo sem controle
9) Coletar assinaturas para criação ou apoio da Secretaria de Meio Ambiente do seu município
10) Coletar assinaturas para criação de áreas de preservação ambiental no seu município
11) Zelar florestas e ambientes naturais

Etc...

Quais outras ideias interessantes você tem? que podem ajudar na minimização do desflorestamento, não só da Amazônia, mas de qualquer outra área tropical?? Nos conte!





sábado, 12 de setembro de 2020

Mapa de Ananindeua/PA [Grande]

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão

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#Mapa de Ananindeua/PA [Grande]

Você necessita de um mapa dos bairros de Ananindeua para planejar suas estratégias na cidade? Já é possível adquirir conosco. 

O produto é colorido e possui 1,10 por 1,6 m. No mapa você consegue identificar todos os bairros, as principais avenidas e ruas, ilhas e rodovias. 


Abaixo estão algumas amostras do produto.















terça-feira, 30 de junho de 2020

Atlas da Questão Agrária Brasileira



Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Atlas da Questão Agrária Brasileira

Em 2008, o atual Prof. Dr. Eduardo Girardi defendeu sua tese de doutorado na UNESP, intitulada: Proposição teórico-metodológica de uma cartografia geográfica crítica e sua aplicação no desenvolvimento do atlas da questão agrária brasileira.

O trabalho é incrível, não apenas pelo uso constante e crítico de mapas, mas por avaliar a questão agrária brasileira de maneira holística.



Fonte: GIRARDI (2008)


Para nós, Geógrafos e Cartógrafos, esse trabalho é um verdadeiro modelo de como realizar um Atlas. Isso porque o autor usa o mapa como recurso analítico e crítico do espaço geográfico, não ilustrativo. Na tese há uma discussão teórica aprofundada sobre esse temática, vale a pena conferir.

Além da tese, há um site com a maioria das informações utilizadas - Atlas da Questão Agrária.

Para aqueles que têm interesse nos mapas em si, é interessante se inspirar nos produtos e começar a pensá-los como meios de pesquisa, pois também possibilitam descobertas através da "visualização cartográfica" apontada pelo pesquisador. 

Todos os mapas da tese foram produzidos com o software PhilcartoAbaixo, vou compartilhar alguns excelentes mapas presentes no Atlas.


Fonte: GIRARDI (2008)

Fonte: GIRARDI (2008)



O que você achou do site e da tese do Prof. Eduardo Girardi? Incrível! É uma referência indispensável para aqueles que ousam em pesquisar e trabalhar com Cartografia Temática, bem como o espaço agrário brasileiro.

*Todos os créditos pertencem ao Prof. Dr. Eduardo Girardi. Estamos apenas compartilhando o seu trabalho através do blog.