sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Rio de Janeiro: quais bairros os mais ricos moravam?


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
Contato: [55] (91) 98306-5306 (WhatsApp)
Email: luizgusmao.geo@gmail.com



#Rio de Janeiro: quais bairros os mais ricos moravam?

O Rio de Janeiro é uma cidade de grandes contrastes. Na sua configuração territorial há muitos bairros de baixa renda, bem como de classe média e alta. Além disso, quais bairros os mais ricos moravam? Para responder essa pergunta, realizamos um levantamento de dados do último censo demográfico do IBGE, feito em 2010.   

Selecionamos a categoria mais elevada de renda, aquela com rendimento mensal médio superior a 30 salários-mínimos. Naquele ano, o valor do salário-mínimo era de R$510,00. A soma era equivalente a R$15.300 no ano de 2010, aproximadamente. Fazendo uma analogia ao valor do salário-mínimo até o ano de 2022, é como se uma pessoa ganhasse R$39.060,00.

Na cidade do Rio de Janeiro cerca de 27,7 mil pessoas tinham esse ganho salarial. A maior parte delas morava na Zona Sul, em poucos bairros da Zona Oeste e do centro. Uma característica interessante é a localização da maioria junto ao mar.

A Barra da Tijuca concentrava o maior número de pessoas com ganho superior a 30 salários-mínimos, cerca de 6,1 mil, o equivalente a 22,1% dessa população de toda a cidade. Em seguida vinham os bairros: Copacabana (2,7 mil), Leblon (2,2 mil) Ipanema (2 mil), Lagoa (1,6 mil), Botafogo (1,3 mil), Tijuca (1,3 mil) e Flamengo (1,1 mil), visto no mapa abaixo:


Mapa 1. Rio de Janeiro: população com renda acima de 30 salários-mínimos, em 2010


Na lista ainda aparecem: Recreio dos Bandeirantes (1 mil), Laranjeiras (834), Jardim Botânico (701), São Conrado (627), Gávea (425), Leme (353), Vila Isabel (313) e Humaitá (313). Pode-se dizer que esses bairros eram aqueles com a maior quantidade de pessoas consideradas ricas e não os bairros mais ricos do Rio. Ou seja, eles eram moradia de um grande número de pessoas com ganhos financeiros muito elevados, ou de ricos, dentro da realidade brasileira.

Todos os bairros presentes no mapa concentravam 85,4% das pessoas de toda a cidade do Rio de Janeiro com ganho salarial superior a 30 salários-mínimos. Os demais bairros da cidade possuíam números inferiores a 300 pessoas com esse ganho salarial e correspondiam a menos de 1%, por isso não apareceram no mapa.


Fonte: IBGE - Censo Demográfico de 2010.


2 comentários:

  1. Interesabte analise da estructura socioeconomica do rio .existe estudios de este aspecto en diferentes anhos para poder observar o aspecto urbanistico e o aspecto socioeconomico?

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    1. Oi. Os dados do Censo Demográfico do IBGE são os melhores para avaliar as diferenças e as dinâmicas. Estou ansioso para a publicação dos dados do Censo de 2022. Com certeza vai ser possível fazer essa comparação. Além disso, vamos conseguir dimensionar os impactos da pandemia do Covid-19 nas cidades. Alguns aspectos socioeconômicos conseguimos ver ao comparar os dados de 2010 com os de 2000.

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