domingo, 26 de março de 2023

Roraima: desmatamento em 6 imagens


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
Geógrafo e Lic. em Geografia (UFPA)
Mapas em Geral, Treinamentos,
Banco de dados, SHPs e Kmls
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#Roraima: desmatamento em 6 imagens

No ano de 2022, alguns amigos e eu escrevemos um artigo para o Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. O material original se encontra nesse link: DESMATAMENTO NAS FLORESTAS DO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO EM SEIS IMAGENS, mas vamos trazer os principais pontos e conclusões. 

Eu sugiro ler o artigo completo para ver as discussões sobre cada mapa. 

O objetivo deste estudo foi avaliar e contextualizar o desmatamento ocorrido em Roraima até o ano de 2020, por meio do uso de dados estatísticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Projeto Mapbiomas.


O primeiro mapa realizado por nós objetivou mostrar o quanto restava de florestas originais, por município, até o ano de 2020. As descobertas a partir desse mapa foram as seguintes:

  • Roraima ainda é predominantemente coberto por floresta.
  • Todos os municípios do estado têm mais de 50% das florestas mantidas.
  • Os municípios do norte e sudoeste do estado são aqueles com os maiores índices de cobertura florestal remanescente, acima de 90%.
  • A maioria dos municípios da região central tem os menores índices de cobertura florestal mantidas.

Figura 1. Roraima: percentual de florestas originais mantidas em 2020



O segundo mapa objetivou evidenciar quanto o desmatamento variou entre o ano de 2018 e 2020. A partir desse mapa ficou claro que:

  • O desmatamento aumentou em quase todos os municípios de Roraima no período, exceto em Normandia.
  • A taxa predominante de desmatamento nos municípios foi superior a 100%, exceto em Amajari, São Luiz e São João da Baliza.
  • Os municípios de Alto Alegre e Iracema foram aqueles com as maiores variações de desmatamento, cerca de 674% e 651%.
  • A dificuldade de manter a floresta em pé foi visível no estado.

Figura 2. Roraima: variação do desmatamento ocorrido entre 2018 e 2020



O terceiro mapa buscou retratar o desmatamento acumulado até o ano de 2020. Esse mapa nos ajudou a entender que:

  • A taxa de desmatamento acumulado predominante é baixa, em até 16,5% na maioria dos municípios.
  • São Luiz foi classificado como o município mais desmatado de Roraima.
  • A região sul e central do estado foram aquelas mais desmatadas ao longo de todo o processo de ocupação humana.
  • Os municípios menos desmatados de Roraima estão na região norte, na fronteira com a Venezuela e a Guiana.


Figura 3. Roraima: desmatamento de áreas florestais originais, em percentual, até 2020


O quarto mapa buscou representar os principais usos do solo do estado de Roraima até o ano de 2020, que no caso são: pastagem e agricultura. A partir desse mapa ficou claro que:

  • A pastagem foi a principal responsável pelo desmatamento em Roraima, pois ocupava pouco mais de 1 milhão de hectares.
  • A agricultura foi a segunda maior causa de desmatamento no estado, já que ocupava 44,1 mil hectares de terra.
  • A pastagem se estende principalmente pelas terras do sul, oeste e sudoeste do estado, bem como ao longo das rodovias.
  • A agricultura estava concentrada na porção central do estado, especialmente em Boa Vista, Bonfim e Alto Alegre.
  • O extremo norte e oeste do estado são as regiões com pouco ou nenhum uso do solo, onde as florestas estão preservadas até então.


Figura 4. Roraima: áreas agrícolas e de pastagens em 2020


A quinta figura buscou representar a área plantada por soja e outras lavouras no estado de Roraima em dois momentos: 2001 e 2020. A figura nos auxiliou a entender que:

  • A expansão da soja ocorreu principalmente na região central de Roraima, nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim, Cantá e Mucajaí.
  • Dentre os cultivos agrícolas desenvolvidos em Roraima, a soja foi a mais evidente, ao ocupar a maioria das terras.
  • As maiores expansões agrícolas ocorreram em Boa Vista, Alto Alegre e Bonfim.


Figura 5. Roraima: área plantada de soja e de outras lavouras em 2001 e 2020



A última figura foi um gráfico. O objetivo dele era mostrar as áreas desmatadas em todo o estado de Roraima entre o 2001 até 2020. Esse gráfico nos ajudou a compreender que:

  • O desmatamento voltou a crescer significativamente a partir de 2018.
  • O ano de 2019 foi um dos anos recordes da taxa de desmatamento no estado.
  • O desmatamento no ano de 2020 reduziu após sucessivos aumentos em 2018 e 2019.
  • O último ano de desmatamento avaliado (2020) foi bastante superior àqueles ocorridos entre 2009 e 2018.

Figura 6. Taxa de desmatamento ocorrido em Roraima entre 2001 e 2020 


As principais conclusões do estudo foram:

  • Os resultados da pesquisa apontaram a retomada das altas taxas de desmatamento em Roraima (acima de 300 km²) quando comparados com a maioria das taxas anteriores, ou seja, retrocesso ambiental.
  • Na perspectiva recente, entre 2018 e 2020, houve expansão significativa do desmatamento na maioria dos municípios e indicativo de dificuldade de preservar as florestas do território roraimense.
  • Apesar dos constantes desmatamentos em Roraima, as florestas ainda predominaram nos 16 municípios em detrimento de usos antrópicos como pastagens e áreas agrícolas, até o ano de 2020.
  • Predominaram taxas de desmatamento acumulado inferiores a 20% na maioria dos municípios roraimenses, com exceção de São Luiz, onde a taxa está próxima de 40%. Ou seja, restam imensas áreas florestais no estado.
  • As pastagens foram as principais responsáveis pela derrubada de florestas, especialmente ao longo das rodovias estaduais e federais.
  • O crescimento da área plantada de soja foi vertiginoso nas últimas décadas e ocorreu especialmente no entorno da capital Boa Vista.
  • Diante da escalada do desmatamento a partir da expansão dos pastos e da soja, são necessárias políticas públicas emergenciais e eficientes de contenção das perdas florestais em Roraima.
  • A ampliação do corpo técnico e dos investimentos nos programas de monitoramento e fiscalização do desmatamento são indispensáveis para fortalecer o uso sustentável dos recursos naturais.

Para citar o artigo original: GUSMÃO, Luiz Henrique Almeida; MESSIAS, Cassiano Gustavo; SILVA, Libério. DESMATAMENTO NAS FLORESTAS DO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA: CONTEXTUALIZAÇÃO EM SEIS IMAGENS.. In: Anais do Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Anais...Diamantina(MG) Online, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/cobicet2022/509775-DESMATAMENTO-NAS-FLORESTAS-DO-ESTADO-DE-RORAIMA-AMAZONIA-BRASILEIRA--CONTEXTUALIZACAO-EM-SEIS-IMAGENS>. Acesso em: ....


sábado, 25 de fevereiro de 2023

Anamorfoses do Brasil: produção de açaí e de maçã


Luiz Henrique Almeida Gusmão
Msc. Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA)
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#Anamorfoses do Brasil: produção de açaí e de maçã 

A Anamorfose é uma representação cartográfica que distorce a área geográfica de acordo com o valor do dado quantitativo. Ou seja, quanto maior o valor absoluto ou relativo de uma área, mais destaque ela terá. 

Então, eu acessei o site do Censo Agropecuário de 2017 do IBGE e peguei os dados de produção de açaí e de maçã, para todos os estados do Brasil. Depois eu gerei duas anamorfoses no software QGIS, em formato GIF.



A primeira figura destaca a produção de açaí, em que o estado do Pará se destacou como o principal produtor, seguido pelo Amazonas, Amapá e Bahia. Só o Pará produziu 86,2% de toda produção nacional.

A segunda figura destaca a produção de maçã. Dessa vez, o estado de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul concentravam 48,6% e 47,2% da produção nacional, respectivamente.

Essa animação simples foi publicada no Linkedin e viralizou. Foram mais de 220 curtidas e alguns comentários. Esse tipo de representação é mais comum entre o público da geografia, mas com a popularização de ferramentas de visualização de dados, mais figuras como essas têm sido compartilhadas nas redes.

É importante dizer que o público-alvo precisa conhecer minimamente a estrutura espacial do local que será gerado uma anamorfose. As vezes nós colocamos um mapa tradicional da área para a pessoa conseguir reconhecer. Caso contrário, a figura pode gerar dúvida ou induzir a interpretações equivocadas.

Em publicações científicas, o uso desse tipo de figura não é muito comum. A vantagem da anamorfose está na valorização dos municípios, cidades ou países cuja área é pequena, quando valor do dado é alto. Isso faz com que esses locais apareçam maiores na figura por causa do valor.

E você? conhece essa representação? tem interesse em representar dessa forma os seus dados? quais aplicações você acredita que elas são viáveis? Deixe o seu comentário.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Rio de Janeiro: onde estão e quantas são as favelas?


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Rio de Janeiro: onde estão e quantas são as favelas?


O Rio de Janeiro é uma cidade conhecida por suas favelas. Afinal, quantas são? quais são as maiores? quantos pessoas elas abrigam? onde está a maior concentração? Essas perguntas serão respondidas neste post.

Em relação à fonte, nós usamos os dados do IBGE (2019). A partir do estudo dos "Aglomerados Subnormais", publicado no ano de 2019, nós conseguimos baixar os dados vetoriais de favelas. O termo técnico "Aglomerado subnormal", utilizado pelo IBGE, abrange todos os lugares no Rio conhecidos como "favelas" ou "comunidades".

O primeiro mapa revela a distribuição das favelas em todo o território carioca. Conforme o último levantamento do IBGE existem 781 favelas na cidade, destacadas na cor laranja. As favelas de maior em extensão territorial estão na Zona Norte e Zona Oeste da cidade. Nos bairros da Zona Sul e nos arredores da Barra da Tijuca se encontram pequenas favelas.


Mapa 1. Rio de Janeiro: distribuição das favelas (2019)


O segundo mapa destaca as favelas com a maior quantidade de domicílios no Rio de Janeiro. Segundo o IBGE (2019), o número total de domicílios em todas as favelas da cidade era de 457,4 mil. 

Aquela com o maior número é a Rocinha com 25,7 mil (5,6% do total), que também já foi apontada no Censo de 2010 como a favela mais populosa da cidade e do Brasil. Em segundo lugar vinha Rio das Pedras com 22,5 mil (4,9% do total). As outras três foram: Jacarezinho com 8,7 mil, Parque União com 6,7 mil e Fazenda Coqueiro 5,9 mil. Somente essas cinco favelas do Rio reuniam 69,5 mil domicílios.


Mapa 2. Rio de Janeiro: favelas com maior quantidade de domicílios, em 2019


A animação 1 e o mapa 3 revelam a quantidade de domicílios nas favelas, por categoria, do Rio de Janeiro. Cerca de 557 favelas (71,32% do total) da cidade tem até 500 domicílios, 120 favelas (15,37% do total) têm entre 501 a 1.000 domicílios, 83 favelas (10,62% do total) têm entre 1.001 a 3.000 domicílios e 16 favelas (2,05% do total) têm entre 3.000 a 5.000 domicílios. Apenas 5 favelas (0,64%) têm entre 5.001 a 25.742 domicílios, ou seja, a maioria das favelas do Rio tem até 500 domicílios.


Animação 1. Rio de Janeiro: quantidade de domicílios nas favelas, em 2019


Mapa 3. Rio de Janeiro: quantidade de domicílios nas favelas, em 2019


Não há distribuição uniforme das favelas em relação à quantidade de domicílios. Todas as categorias têm maior presença na Zona Norte e Oeste da cidade. Por outro lado, a favela com a maior quantidade de domicílios é a Rocinha, localizada na Zona Sul da cidade.

Os mapas acima são exemplos de muitos outros que podem ser elaborados para a cidade do Rio de Janeiro com indicadores sociais. Esses mapas são amostras de trabalho e podem ser reeditados, comprados sem a marca d' água, postos em alta qualidade e em outros formatos como pdf ou jpeg. Entre em contato para mais informações.


Fontes: IBGE (2019).


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Rio de Janeiro: quais bairros os mais ricos moravam?


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Rio de Janeiro: quais bairros os mais ricos moravam?

O Rio de Janeiro é uma cidade de grandes contrastes. Na sua configuração territorial há muitos bairros de baixa renda, bem como de classe média e alta. Além disso, quais bairros os mais ricos moravam? Para responder essa pergunta, realizamos um levantamento de dados do último censo demográfico do IBGE, feito em 2010.   

Selecionamos a categoria mais elevada de renda, aquela com rendimento mensal médio superior a 30 salários-mínimos. Naquele ano, o valor do salário-mínimo era de R$510,00. A soma era equivalente a R$15.300 no ano de 2010, aproximadamente. Fazendo uma analogia ao valor do salário-mínimo até o ano de 2022, é como se uma pessoa ganhasse R$39.060,00.

Na cidade do Rio de Janeiro cerca de 27,7 mil pessoas tinham esse ganho salarial. A maior parte delas morava na Zona Sul, em poucos bairros da Zona Oeste e do centro. Uma característica interessante é a localização da maioria junto ao mar.

A Barra da Tijuca concentrava o maior número de pessoas com ganho superior a 30 salários-mínimos, cerca de 6,1 mil, o equivalente a 22,1% dessa população de toda a cidade. Em seguida vinham os bairros: Copacabana (2,7 mil), Leblon (2,2 mil) Ipanema (2 mil), Lagoa (1,6 mil), Botafogo (1,3 mil), Tijuca (1,3 mil) e Flamengo (1,1 mil), visto no mapa abaixo:


Mapa 1. Rio de Janeiro: população com renda acima de 30 salários-mínimos, em 2010


Na lista ainda aparecem: Recreio dos Bandeirantes (1 mil), Laranjeiras (834), Jardim Botânico (701), São Conrado (627), Gávea (425), Leme (353), Vila Isabel (313) e Humaitá (313). Pode-se dizer que esses bairros eram aqueles com a maior quantidade de pessoas consideradas ricas e não os bairros mais ricos do Rio. Ou seja, eles eram moradia de um grande número de pessoas com ganhos financeiros muito elevados, ou de ricos, dentro da realidade brasileira.

Todos os bairros presentes no mapa concentravam 85,4% das pessoas de toda a cidade do Rio de Janeiro com ganho salarial superior a 30 salários-mínimos. Os demais bairros da cidade possuíam números inferiores a 300 pessoas com esse ganho salarial e correspondiam a menos de 1%, por isso não apareceram no mapa.


Fonte: IBGE - Censo Demográfico de 2010.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Rio de Janeiro: mapa dos bairros mais populosos


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Rio de Janeiro: mapa dos bairros mais populosos em 2010

A vibrante cidade do Rio de Janeiro, com seus 6,3 milhões de habitantes em 2010, espalhados pelos 160 bairros, revela um panorama fascinante. Utilizando os dados do Censo Demográfico do IBGE, elaboramos um mapa com os bairros mais populosos da cidade.

Nessa representação cartográfica, doze bairros emergiram como os mais populosos, com populações superiores a 100 mil habitantes. A maioria deles se encontrava na Zona Oeste. Contudo, também identificamos notáveis concentrações populacionais na Zona Sul e Zona Norte da cidade. O bairro de Campo Grande é o mais populoso do Rio com 328 mil habitantes. Esse mapa revela as nuances e diversidades da demografia na cidade do Rio.


Mapa 1. Rio de Janeiro: os bairros mais populosos em 2010


Em seguida vinha Bangu e Santa Cruz com mais de 200 mil habitantes. Por fim, em ordem vinham os bairros: Realengo, Tijuca, Jacarepaguá, Copacabana, Barra da Tijuca, Maré, Guaratiba, Senador Camará e Taquara, com população entre 102 mil e 180 mil.

Os doze bairros totalizavam 32% de toda a população da cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, a cada 10 moradores, pelo menos 3 moravam em um deles. Somente Campo Grande detinha 5,2% de toda a população da cidade, Bangu (3,8%) e Santa Cruz (3,4%)

É interessante pensar que esses bairros são muito distintos no que se refere a renda. Bairros nobres como Barra da Tijuca e Copacabana tinham população superior a 100 mil habitantes, da mesma forma que outros com renda mais baixa como Guaratiba, Senador Camará e Maré. 

São bairros cujo o tipo de ocupação é bem diferente. Nos bairros mais nobres é comum a existência de apartamentos, ao passo que outros de baixa renda são casas e assentamentos precários.

O mapa acima é um exemplo de muitos outros que podem ser elaborados para a cidade do Rio de Janeiro com indicadores sociais. Também é possível visualizar esse tipo de dado para bairros, zonas administrativas e outros municípios do estado do Rio de Janeiro. Entre em contato.

Fonte: IBGE Censo Demográfico 2010.


terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Descubra onde se vive mais no Rio de Janeiro


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Descubra onde se vive mais no Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro é a segunda mais populosa do Brasil, com 6,7 milhões de habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE para o ano de 2021. Essa metrópole é uma das mais desiguais do país, onde coexistem indicadores sociais discrepantes, tais como: esperança de vida, renda per capita, mortalidade infantil, analfabetismo, entre outros.

A partir dos dados presentes no Atlas Brasil sobre esperança de vida, realizamos um mapa que destaca os locais do Rio de Janeiro onde as pessoas tinham maior tempo de vida, ou seja, as maiores expectativas de vida. Os dados são referentes ao ano de 2010, os mais atualizados sobre esse tema.

Por esperança de vida, se entende: o número médio de anos que as pessoas deverão viver a partir do nascimento, se permanecerem constantes ao longo da vida o nível e o padrão de mortalidade por idade (ATLAS BRASIL, 2010). As unidades geográficas representadas se referem a "Unidade de Desenvolvimento Humano", adotado pelas Nações Unidas, no qual foi unido setores censitários relativamente homogêneos.

O mapa abaixo destaca onde as pessoas tinham maior tempo de vida, em média de 81,9 anos. Eram os lugares com as maiores esperanças de vida da cidade até o ano de 2010. Os indicadores mais elevados foram de 82,1 anos para os três primeiros colocados: Praia de Ipanema, Lagoa e Praia de São Conrado, como visto no mapa abaixo:


Mapa 1. Rio de Janeiro: onde as pessoas tinham maior tempo de vida, em 2010


A figura acima revela que a expectativa de vida elevada também se encontrava em domicílios do Jardim Botânico, de São Conrado, no Pasmado, na Praia do Flamengo, em Sernambetiba, na Américas/Marapendi e na Restinga de Jacarepaguá. A maioria das unidades geográficas está localizada na Zona Sul, com exceção de três: Américas/Marapendi, Restinga de Jacarepaguá e Sernambetiba.

Uma característica comum entre todos é a localização próxima ao mar, distantes do centro da cidade. Todos estão em áreas afastadas dos municípios da Região Metropolitana. É importante lembrar que várias unidades geográficas do Rio têm elevada expectativa de vida, acima de 80 anos, porém não apareceram no mapa por ele estar limitado apenas as dez maiores.

Outras menções são: Gávea, Leme, Praia de Botafogo/Pça de Nicarágua, Parque Guinle, Leblon e o restante do bairro de Ipanema. Todos esses tinham expectativa de vida, ou de 81,7 ou 81,8 anos.

O mapa acima é um exemplo de muitos outros que podem ser elaborados para a cidade do Rio de Janeiro com indicadores sociais. Também é possível visualizar esse tipo de dado para bairros, zonas administrativas e outros municípios do estado do Rio de Janeiro. Entre em contato.


Fonte: Atlas Brasil. IBGE Cidades.


terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Expansão urbana de Castanhal/PA em 36 anos


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Expansão urbana de Castanhal em 36 anos

A cidade de Castanhal está localizada no Nordeste do Pará, a pouco menos de 70 km de distância da capital, Belém. É uma cidade polo, com oferta diversificada de serviços para toda essa região do estado. Com base nos dados do Mapbiomas, nós realizamos uma animação mostrando a expansão da cidade em 36 anos.

As figuras representam a extensão da área urbanizada entre o ano de 1985 e 2021. Em 1985, a área era de 8,49 km² e pulou para 37,1 km² em 2021. Ou seja, a área urbana cresceu 336,9%, ou, quadruplicou de tamanho em 36 anos.




A área urbana em 1985 estava concentrada no entorno da sede municipal. Já no distrito de Apeú, a área era muito pequena. Após 36 anos de aumento populacional, a cidade "explodiu" e cresceu assustadoramente em todas as direções. Os destaque foram as zonas oeste, norte e sudeste. Parte desse crescimento se deu pelo surgimento de novos bairros, condomínios fechados, ocupações irregulares, conjuntos habitacionais, comércios e indústrias.

Segundo o IBGE, a população estimada do município de Castanhal no ano de 2021 era de 205 mil habitantes, dos quais a maioria reside na área em vermelho.

Assim como a animação acima, você pode solicitar mapas de Castanhal, com dados sobre população, renda, meio ambiente, uso e cobertura do solo e outros temas.

Fonte: Mapbiomas e IBGE Cidades.


sábado, 10 de dezembro de 2022

Desmatamento na Região Metropolitana de Belém/PA em 36 anos


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Desmatamento na Região Metropolitana de Belém/PA em 36 anos 

A Região Metropolitana de Belém está localizada no estado do Pará e é formada por 7 municípios. Com base nos dados do Mapbiomas, nós realizamos uma animação mostrando a perda florestal ocorrida em cada município, entre o ano de 1985 e 2021. 

Em Belém fica evidente na porção norte, onde está a ilha de Mosqueiro, de Outeiro, de Cotijuba, no distrito de Icoaraci e ao longo da rodovia Augusto Montenegro.

Em Ananindeua a redução ocorreu nas porções norte e sul, onde estão os bairros do Curuçambá, Paar, Icuí, Águas Lindas, Aurá e Águas Brancas.



Em Marituba a redução ocorreu sobretudo ao longo da BR-316 e da rodovia que dá acesso a Alça Viária. Em Santa Bárbara do Pará foi maior na porção nordeste e sudoeste, ao longo da PA-391. Em Benevides, a maior redução se deu ao redor cidade e na região noroeste, onde está o distrito de Benfica.

Já em Santa Izabel do Pará e Castanhal, o desmatamento se deu em várias direções, especialmente nas regiões norte, sudeste e ao redor da sede de cada município.

Os principais vetores do desmatamento apontados são: áreas urbanizadas e a pecuária extensiva. Em Belém, Ananindeua e Marituba, a perda de florestas se dá mais por causa da expansão de conjuntos habitacionais, condomínios fechados e ocupações irregulares. Esses processos também ocorreram nos outros municípios, mas em menor proporção.

No caso de Benevides, Castanhal, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, a expansão da pecuária tem sido a principal razão do desmatamento.


Fontes: Mapbiomas. Gusmão; Lobo; Tourinho (2021).


domingo, 27 de novembro de 2022

Ilha do Marajó: mapa da população em 2021

 

Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Ilha do Marajó: mapa da população em 2021

A ilha do Marajó, localizada no norte do estado do Pará, é a maior ilha hidrofluvial do mundo. É banhada pelo Oceano Atlântico, pelo rio Amazonas e pelo Rio Pará. A extensão territorial é de 40 mil km², área semelhante a Suíça, e a ilha é constituída por 16 municípios. 

O Marajó é lar de 577,7 mil habitantes, porém como está distribuída toda essa população? Qual é o município mais populoso? e o menor? A animação abaixo destaca os dados para o ano de 2021, conforme as estimativas do IBGE: IBGE CIDADES.


Ilha do Marajó/PA: População em 2021


O município de Breves, no centro da ilha, é o mais populoso do Marajó com 104 mil habitantes. Em seguida vem Portel, ao sul, com 63 mil habitantes.

Depois vem municípios com 30 a 41 mil, como: Muaná, Afuá, Gurupá, Bagre, Ponta de Pedras, Curralinho e Anajás.

Por fim, os outros com menos de 28 mil habitantes: Melgaço, Soure, Salvaterra, Cacheira do Arari, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Chaves.

Em números relativos, Breves concentra 18% da população do Marajó e Portel cerca de 10,9%, e os outros 71,1% estão no restante dos municípios.

O mapa animado acima foi feito no software QGIS, e animação toda no Powerpoint. Muitos mapas e animações podem ser solicitados, basta entrar em contato. Então, o que achou do mapa acima? Deixe um comentário.


segunda-feira, 4 de julho de 2022

Expansão urbana no Distrito Federal entre 1985 e 2020

 


Luiz Henrique Almeida Gusmão
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#Expansão urbana no Distrito Federal entre 1985 e 2020

A partir dos dados do Mapbiomas geramos um GIF animado que mostra a expansão urbana entre 1985 e 2020 no Distrito Federal. 

No ano de 1985, a área urbanizada totalizava 276,2 km² e passou para 635,2 km² em 2020. Em 35 anos, o crescimento foi de 135% e principalmente nas antigas "cidades-satélite", chamadas hoje de Regiões Administrativas.




A animação destaca o crescimento em regiões como Planaltina, Sobradinho, Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga e Santa Maria, por exemplo. As áreas urbanizadas estão concentradas na porção oeste do DF, enquanto no lado leste predomina áreas agrícolas e vegetais. 

O entorno de Brasília também cresceu bastante, especialmente no eixo em direção à Goiânia, cuja tendência de mais áreas construídas como casas, conjuntos habitacionais, indústriais e comércio permanecem.

O eixo Plano Piloto em direção a Planaltina também continua a crescer, com maior integração socioeconômica e  conurbação nos próximos anos. As avenidas arteriais e rodovias são os principais vetores de expansão urbana, já que a cidade de Brasília é conhecida por ter sido planejada para "cidadãos condutores de veículos".